Uma alternativa para a estimativa de teores em depósitos de ouro : geoestatística paramétrica de campo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Machado, Rochana da Silva
Orientador(a): Costa, Joao Felipe Coimbra Leite
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/75883
Resumo: Teores elevados e erráticos são comuns no campo das geociências, encontrados principalmente em depósitos minerais de metais preciosos, tais como ouro e platina. A ocorrência de outliers, ou valores extremos, não parece seguir o mesmo padrão de ocorrência dos teores mais baixos. Devido aos possíveis efeitos na estimativa de teores, tais como superestimativa do metal contido, e consequentemente dos recursos minerais, os outliers devem ser identificados e tratados de forma cuidadosa. Analistas de recursos minerais têm trabalhado em diversos depósitos auríferos, e em todos eles, nenhum dos métodos matemáticos foi capaz de evitar intervenções manuais, tais como o corte de altos teores para estimativas locais ou a utilização de informações além dos dados para inferir os variogramas. A Geoestatística Paramétrica de Campo (FPG) foi estudada nesta dissertação como uma alternativa para a realização de estimativas a partir de dados que exibem distribuição de probabilidade altamente assimétrica. Esta técnica se propõe a efetuar o controle dos valores extremos com certo rigor matemático e menos subjetividade do que as técnicas atualmente aplicadas. Na aplicação da FPG, os teores e sua representatividade são incorporados a uma nova variável mais adequada às estimativas – a extensão acumulada padronizada do teor ( ), o que reduz automaticamente a influência dos altos teores sem intervenção manual direta. Neste trabalho, são realizados estudos comparativos entre os resultados produzidos na aplicação do FPG e resultados obtidos com outras técnicas comumente usadas na estimativa de teores, através da aplicação no banco de dados Walker Lake e no depósito aurífero de Amapari, localizado no norte do Brasil. A Geoestatística Paramétrica de Campo forneceu resultados robustos para a estimativa de teores na presença de valores extremos, local e globalmente. Para os dados cuja distribuição de frequências apresenta pouca ou nenhuma assimetria os resultados globais e locais fornecidos pela metodologia FPG podem ser obtidos de forma semelhante pela aplicação da krigagem ordinária. De forma geral, a Geoestatística Paramétrica de Campo mostrou-se uma alternativa adequada para a estimativa de teores de minérios auríferos, com distribuição de frequência fortemente assimétrica, sem a subjetividade inerente à escolha de teores de corte para valores extremos.