Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Boschi, Artur |
Orientador(a): |
Czepielewski, Mauro Antonio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/178975
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Resumo: |
No capítulo I desta dissertação apresentamos uma revisão da literatura discutindo as evidências recentes sobre o seguimento clínico do pós-operatório de Cirurgia Transesfenoidal (CTE) para o tratamento de Doença de Cushing (DC). Após o diagnóstico e tratamento adequado dos pacientes portadores de DC, os clínicos e endocrinologistas envolvidos no manejo desses pacientes enfrentam dilemas importantes. Atualmente a literatura possui variáveis critérios para definir se o paciente apresenta remissão cirúrgica imediata ou se permanece com a doença ativa. Há consenso na literatura que os pacientes com quedas mais acentuadas nos valores da cortisolemia nas primeiras horas de pós-operatório parecem ter maiores chances de remissão clínica. Entretanto, até o momento nenhum valor de cortisolemia conseguiu determinar quais pacientes apresentarão recidiva da DC tardiamente, visto que esta pode ocorrer após muitos anos de controle da doença. Justamente essa é a grande questão que se sobrepõe na prática clínica dos neuroendocrinologistas: definir quais os pacientes com maior risco de apresentar recidiva tardia da DC após obterem remissão da doença com o tratamento cirúrgico. Nesta introdução discutimos os artigos publicados recentemente que estudaram métodos laboratoriais diferentes para definição de remissão e recidiva tardia em pacientes submetidos à CTE. Enfocamos a revisão nos artigos que avaliaram o teste de estímulo com desmopressina realizado no pós-operatório e seus resultados na determinação de recidiva tardia. No capítulo II apresentamos o artigo original onde descrevemos a coorte de 65 pacientes portadores de DC submetidos à CTE e que realizaram teste de estímulo com desmopressina após 14 dias de pós-operatório. O objetivo deste estudo foi determinar a acurácia dos valores de cortisol e ACTH após o estímulo de desmopressina em definir o risco de recidiva tardia da DC precocemente nestes pacientes. Nossa hipótese era que os pacientes com respostas maiores nos valores de ACTH e/ou cortisol apresentassem maior chance de recidiva. Estudamos 65 pacientes, sendo que 49 apresentaram critérios de remissão da DC por 6 meses e 16 permaneceram com doença ativa após CTE. Dentre os 49 pacientes em remissão imediata, 39 permaneceram em remissão prolongada e 10 pacientes apresentaram recidiva da DC após um seguimento médio de 83 meses. Identificamos em nossa amostra que os pacientes com recidiva tardia apresentaram valores medianos de cortisol e ACTH mais elevados após o estímulo com desmopressina. Através da análise das curvas ROC para esses parâmetros, determinamos que o pico de ACTH > 47 pg/mL apresentou valor preditivo positivo (VPP)= 50% e valor preditivo negativo (VPN)= 93% para recidiva e o pico de cortisol > 17,05 μg/dL apresentou VPP= 52% e VPN= 96% para recidiva. No capítulo II apresentamos o artigo original onde descrevemos a coorte de 65 pacientes portadores de DC submetidos à CTE e que realizaram teste de estímulo com desmopressina após 14 dias de pós-operatório. O objetivo deste estudo foi determinar a acurácia dos valores de cortisol e ACTH após o estímulo de 12 desmopressina em definir o risco de recidiva tardia da DC precocemente nestes pacientes. Nossa hipótese era que os pacientes com respostas maiores nos valores de ACTH e/ou cortisol apresentassem maior chance de recidiva. Estudamos 65 pacientes, sendo que 49 apresentaram critérios de remissão da DC por 6 meses e 16 permaneceram com doença ativa após CTE. Dentre os 49 pacientes em remissão imediata, 39 permaneceram em remissão prolongada e 10 pacientes apresentaram recidiva da DC após um seguimento médio de 83 meses. Identificamos em nossa amostra que os pacientes com recidiva tardia apresentaram valores medianos de cortisol e ACTH mais elevados após o estímulo com desmopressina. Através da análise das curvas ROC para esses parâmetros, determinamos que o pico de ACTH > 47 pg/mL apresentou valor preditivo positivo (VPP)= 50% e valor preditivo negativo (VPN)= 93% para recidiva e o pico de cortisol > 17,05 μg/dL apresentou VPP= 52% e VPN= 96% para recidiva. |