Oficinando psicologia na escola : problematizações a partir das políticas cognitivas e da pedagogia engajada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Machado, Lucas Antunes
Orientador(a): Maurente, Vanessa Soares
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/237418
Resumo: O ensino de psicologia está presente na educação básica nas modalidades de educação profissional e formação de professores de nível médio. Estudos historiográficos apontam a presença da psicologia na educação escolar desde o século XIX, mantendo-se presente como componente curricular de forma intermitente atualmente. A Resolução CNE/CES nº 5/2011 prevê a formação do professor de psicologia para a educação básica através de projeto pedagógico complementar. Esta dissertação teve como objetivo geral refletir sobre as contribuições do uso de oficinas como dispositivo de encontro para um ensino e aprendizagem de psicologia em salas de aula da educação básica sustentado por políticas cognitivas inventivas e pedagogias engajadas. Como objetivos específicos procuramos: i) pensar como narrativas imersivas no contexto de uma oficina podem ser potentes no ensino aprendizagem de psicologia; ii) contribuir para a proposição de temas/conteúdo a serem debatidos na disciplina de psicologia; e iii) analisar a contribuição de narrativas imersivas, através de acoplamentos tecnológicos, para a experimentação de políticas inventivas nas salas de aula. Para isso, recorremos aos pressupostos teórico metodológicos de bell hooks (2017, 2019, 2020); Virgínia Kastrup (2005, 2007, 2009) e Donna Haraway (2013, 2018). A metodologia proposta foi a da pesquisa intervenção, através do método da cartografia. A pesquisa-intervenção proposta previu a realização de narrativas imersivas figuradas através de uma oficina intitulada Indústria do Gênero, proposta como disparador para a discussão e problematização sobre marcadores sociais da diferença (gênero, raça, classe social e sexualidade) e produção de subjetividades. Participaram da oficina 16 estudantes de uma turma de educação profissional técnica de nível médio. A realização da oficina conduziu a um modo de ensinar e aprender inventivos e engajados em que professor e estudantes puderam experienciar uma forma de aprender psicologia em que o lugar do eros e das experiências sociais de ambos os participantes puderam ser compartilhados na experimentação de uma comunidade de aprendizagem. A oficina como dispositivo de encontro se mostrou potente como fio condutor para o trabalho com temas antirracistas e antissexistas e aprendizagens inventivas moduladas por breakdowns nas aulas de psicologia na escola básica.