Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Duarte, Michael de Quadros |
Orientador(a): |
Trentini, Clarissa Marceli |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/219126
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Resumo: |
Esta dissertação analisou as evidências de validade de construto e de estrutura interna da escala de atitudes em relação à imigração (EARI) e da escala de percepção das atitudes dos brasileiros em relação aos imigrantes (EPABRI). Também constituiu essa dissertação a análise das evidências de validade de conteúdo e de estrutura interna da adaptação da escala de racismo moderno (ERM-A). Por fim, investigou as atitudes em relação à imigração e a sua associação com preconceito, personalidade, valores psicossociais e bem-estar. O estudo I verificou as propriedades psicométricas de duas escalas que buscam mensurar o preconceito em relação aos imigrantes, ambas construídas para este estudo. O estudo II investigou as propriedades psicométricas da adaptação da escala de racismo moderno, que foi ajustada para mensurar o preconceito em relação aos imigrantes. O estudo III, por sua vez, averiguou a associação das atitudes em relação à imigração com preconceito, personalidade, valores psicossociais e bem-estar. Participaram do estudo I 175 brasileiros com idades entre 18 e 71 anos (M = 30,4 anos; DP = 11,9), sendo em sua maioria mulheres, que compuseram 68,6% da amostra. A região sul foi a que apresentou o maior número de participantes (86,8%). Eles responderam um questionário sociodemográfico e um instrumento que avalia o preconceito em relação aos imigrantes (EARI). Participaram também desse estudo 40 imigrantes latinoamericanos, cuja língua materna é o espanhol, com idades entre 20 e 53 anos de idade (M = 32,7; DP = 8,3), majoritariamente mulheres (62,5%). A região do país com maior número de participantes foi a região sul (47,5%). Os imigrantes responderam um questionário sociodemográfico e um instrumento que avalia a percepção do preconceito dos brasileiros em relação aos imigrantes. No estudo II e III os participantes foram os mesmos brasileiros descritos no estudo I. Os resultados dos estudos I e II apontam que as escalas possuem boas propriedades psicométricas e podem ser utilizadas em estudos futuros sobre as atitudes em relação à imigração e ao preconceito em relação aos imigrantes. Especialmente o estudo II corrobora os achados da literatura que compreendem o preconceito como um comportamento que pode ser generalizado para diferentes grupos minoritários. No estudo III averiguou-se a associação das atitudes em relação à imigração com preconceito, personalidade, valores psicossociais, e bem-estar. Através de uma análise de redes, os resultados encontrados apontam que os comportamentos preconceituosos dessa amostra estão altamente correlacionados com a pró-dominância social (r = 0,58) e o conservadorismo (r = 0,64). Da mesma forma, a negação do preconceito está altamente correlacionada com o preconceito sutil (r = 0,60). Já as atitudes positivas em relação à imigração estão altamente correlacionadas com o igualitarismo (r = 0,67). O modelo de redes aponta os valores psicossociais com correlações baixas e moderadas com o preconceito e as atitudes em relação à imigração. A personalidade, ao contrário do que demonstram alguns estudos internacionais, não apresentou correlações moderadas ou altas em relação ao preconceito e as atitudes em relação à imigração. Esses achados contribuem na compreensão das variáveis envolvidas nos comportamentos preconceituosos, possibilitando que intervenções efetivas que visem dirimir essas atitudes possam desenvolvidas. |