Morfologia da mandíbula faringeal de três espécies do gênero CRENICICHLA (CICHLIFORMES: CICHLIDAE) e sua relação com a dieta em riachos das bacias dos Rios Uruguai e Jacuí, Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Kuhn, Fernanda
Orientador(a): Fialho, Clarice Bernhardt
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/202681
Resumo: A evolução fenotípica e sua influência na diversificação dos organismos tem gerado interesse nos assuntos relacionados com a evolução biológica. Nós analisamos a morfologia das mandíbulas faringeais inferiores de três espécies do gênero Crenicichla, associando essas estruturas ao hábito alimentar de cada uma das espécies. Usando morfometria geométrica como ferramenta para quantificar diferenças de forma entre organismo, nós exploramos o complexo aparato faringeal dos ciclídeos, que é altamente especializado e integrado à sua funcionalidade ecológica, tanto que é descrita como uma inovação chave para a família. Sabe-se que essas estruturas e suas adaptações estão diretamente relacionadas com a rápida radiação adaptativas observadas nos ciclídeos. A morfometria geométrica tem sido uma ferramenta im-portante nas análises de forma, principalmente nessas estruturas em que a adaptação funcional pode submeter a especiação. Nós investigamos as mandíbulas faringeais inferiores das espé-cies Crenicichla lepidota, Crenicichla scottii e Crenicichla punctata e comparamos suas formas e dentes aos seus hábitos alimentares. Os resultados mostraram que C. lepidota consumiu um volume maior de peixes (54%) seguido de insetos autóctones (31%), esta espécie foi clas-sificada como piscívora facultativa. Crenicichla scottii foi classificada como piscívora, devido a contribuição de 92% do volume total dos estômagos ser do item peixes. Insetos autóctones foi o item alimentar com o maior volume (44%) para espécie C. punctata, seguido de Aegla sp. (22%) e insetos alóctones (11%), permitindo classificar a espécie como insetívora generalista. Dois morfotipos distintos de mandíbula faringeal inferior foram encontradas em diferentes locais de coleta para a espécie C. punctata, nos levando a explorar os padrões, os mecanismos e as consequências da diversificação ecologia associadas a plasticidade fenotípica e adaptativa dessas espécies, estando a morfologia adaptativa influenciando o genótipo e o fenótipo dos espécimes.