Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Filippi, Dionata |
Orientador(a): |
Tiecher, Tales |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/255334
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Resumo: |
A intensificação dos sistemas de produção e a maior exportação de enxofre (S) na colheita dos grãos devido ao incremento de produtividade aumenta a necessidade de fertilização sulfatada. Por isso, é essencial definir estratégias de manejo visando favorecer a disponibilidade de S, especialmente em solos arenosos, com potencial de perdas por lixiviação. Este estudo avaliou o impacto de longo prazo (34 anos) de preparos de solo (PC, preparo convencional; PD, plantio direto) combinados com três sistemas de sucessão de culturas (A/M, aveia/milho; E/M, ervilhaca/milho; A+E/M+C, aveia + ervilhaca/milho + caupi), sem e com fertilização nitrogenada (180 kg ha–1 ) na cultura do milho, no teor de S disponível de um Argissolo no Sul do Brasil. Anualmente na semeadura do milho, ocorre a entrada de ~12,0 kg ha–1 de S via fertilização. Em março de 2019, o solo foi amostrado nas camadas de 0–5, 5–10, 10–20, 20–30 e 30–40 cm e estimado o teor de S disponível pela extração com Ca(H2PO4)2.H2O na concentração de 500 mg L–1 de P com determinação em ICP-OES. A ciclagem de S no solo foi influenciada principalmente pelas plantas de cobertura. Na ausência de N mineral, os sistemas com leguminosas de cobertura ciclaram 1,7 e 2,2 vezes mais S (17 e 22 kg ha–1 ano–1 nos tratamentos E/M e A+E/M+C) do que no sistema aveia/milho (10 kg ha–1 ano–1 ). A ervilhaca e o caupi favoreceram a exportação de S pelo milho na ausência de N mineral, passando de 2,1 (A/M- 0) para 4,0 kg ha–1 ano–1 (média E/M-0 e A+E/M+C-0). A entrada de S via fertilização (12 kg ha–1 ano–1 ) e a deposição atmosférica de 3,0 kg ha–1 ano–1 foram suficientes para suprir a exportação de S pelo milho, que variou de 2,1 a 6,9 kg ha–1 ano–1 . Os maiores teores de S disponível ocorreram na camada superficial (0–5 cm) do solo em PD, com uma forte relação (R2 = 0,83) com o conteúdo de carbono orgânico no solo (COS). Nessa camada de solo, o teor de S disponível aumentou 0,85 mg dm–3 para cada incremento de 1 g kg–1 de COS. O maior teor de S disponível em PD ocorreu com a ervilhaca (E/M), superior ao sistema A/M até 30 cm de profundidade (valores médios 11,1 e 7,3 mg dm–3 , respectivamente). A adubação nitrogenada no milho aliado a presença de leguminosas de cobertura triplicou a exportação de S nos grãos (73 kg ha–1 A/M- 0 a 236 kg ha–1 E/M-180), mas não afetou o teor de S disponível no solo negativamente. Em solos arenosos, é possível manter níveis adequados de S disponível desde que haja adoção de sistema conservacionista, através do PD combinado ao uso de leguminosas de cobertura de solo que intensifiquem a ciclagem de S e diminuam a perda do elemento por lixiviação. |