Terapia tópica na cicatrização de lesões cutâneas provocadas por congelamento com nitrogênio líquido em ratos Wistar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Valente, Fernanda Soldatelli
Orientador(a): Contesini, Emerson Antônio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/95142
Resumo: A criocirurgia tem sido utilizada no tratamento de diferentes enfermidades de sistemas e órgãos, tanto na medicina humana quanto na medicina veterinária, sendo sua maior indicação o tratamento de dermatopatias. Contudo, efeitos adversos como a cicatrização lenta, cicatrizes extensas, disfunção estética e funcional, foram relatadas após a aplicação da substância criogênica. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a influência da sulfadiazina de prata, própolis, ácidos graxos essenciais e calêndula no tempo da cicatrização de feridas cutâneas padronizadas e induzidas pelo nitrogênio líquido em ratos. Utilizaram-se 40 ratos Wistar, divididos aleatoriamente em cinco grupos de oito animais cada: grupo vaselina (V), grupo sulfadiazina de prata (S), grupo própolis (P), grupo ácidos graxos essenciais (A) e grupo calêndula (C). Através da aplicação do nitrogênio líquido pela técnica do spray aberto, realizou-se a indução de duas feridas na região dorsal em segmentos paralelos de pele, uma no antímero direito e outra no esquerdo. A ferida direita recebeu o tratamento de acordo com os agentes tópicos escolhidos ou apenas com o veículo da pomada (vaselina sólida). A ferida esquerda recebeu a limpeza com solução cloreto de sódio 0,9% ou nenhum tratamento adicional. As aplicações tópicas foram realizadas duas vezes ao dia, durante 28 dias após a indução das lesões. Macroscopicamente, a cada dois dias, analisaram-se as medidas das lesões e calculou-se a área e a taxa de contração cicatricial das mesmas. No 28º dia pós-operatório, procedeu-se à coleta das biópsias para avaliação histopatológica e imuno-histoquímica, quanto à presença de células inflamatórias, intensidade de deposição de colágeno, densidade de mastócitos, proliferação epitelial e angiogênese. Com base nos resultados obtidos concluiu-se que: 1) o grupo própolis apresenta a maior taxa de contração das feridas, demonstrando diferença estatística significativa em relação ao grupo sem tratamento nas avaliações a partir do 6º dia pós-cirúrgico; 2) não se observa diferenças estatísticas significativas entre os grupos pesquisados quanto à proliferação epitelial, neovascularização e deposição de colágeno, nas avaliações histopatológicas e imuno-histoquímicas aos 28 dias de pós-operatório; 3) a terapia com os agentes tópicos ou, apenas, com a limpeza com solução cloreto de sódio 0,9% proporciona uma relevante evolução clínica das feridas frente a não intervenção no processo cicatricial. Sugere-se a necessidade de novos estudos com cicatrização de lesões causadas pela criocirurgia, no que diz respeito às ferramentas que podem ser usadas com o intuito de acelerar esse processo e melhorar a qualidade das cicatrizes.