Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Karina Kimiko Yamashina |
Orientador(a): |
Haas, Alex Nogueira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/199202
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Resumo: |
A elevação nos níveis séricos de mediadores inflamatórios vem sendo associada ao aumento no risco do desenvolvimento de diversas doenças crônicas não-transmissíveis. Tanto a obesidade quanto a periodontite compartilham uma natureza inflamatória crônica de baixa intensidade. As repercussões sistêmicas da periodontite, assim como o possível efeito da terapia periodontal nos níveis de mediadores inflamatórios sistêmicos em indivíduos obesos, ainda não são totalmente compreendidas. O objetivo deste estudo foi comparar o efeito da periodontite e do tratamento periodontal não cirúrgico nos níveis séricos de glicose, triglicerídeos, colesterol total, proteína C reativa (PCR), interleucina 1beta (IL-1-b), interleucina 6 (IL-6), interleucina 10 (IL-10), interleucina 17 (IL-17) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) em um modelo experimental em animal. Para o estudo foram utilizados 60 ratos Wistar randomizados em dois grandes grupos diferenciados pela dieta administrada. Dentro de cada grupo, os ratos foram divididos em subgrupos: sem periodontite (G1 e G4), com periodontite sem tratamento (G2 e G5) e com periodontite tratada (G3 e G6). A dieta de cafeteria foi utilizada para indução da obesidade no período inicial de 12 semanas (G4, G5 e G6). A indução da periodontite foi feita através de ligadura ao redor dos primeiros molares inferiores. Após 4 semanas, os grupos G2 e G5 foram eutanasiados e nos grupos G3 e G6 foi feito remoção da ligadura e raspagem subgengival. Os animais tratados foram eutanasiados após 4 semanas. Considerou-se a concentração sérica de PCR como desfecho primário e os demais marcadores foram considerados desfechos secundários. Diferenças significativas para o peso e índice de Lee foram observadas no grupo exposto a dieta de cafeteria indicando presença de obesidade neste grupo. Os resultados demonstraram que G5 apresentou níveis de PCR significativamente maiores que G4 e G2. Nos ratos expostos a dieta de cafeteria, as concentrações de IL-1β e TNF- α mostraram-se significantemente mais elevadas em G6 do que nos grupos G4 e G5, respectivamente. Ratos da dieta padrão, G2 e G3, apresentaram maiores níveis de IL-17A do que G1. Não houve diferença significativa na concentração de IL-6 e IL-10 entre os grupos experimentais. Análise dos marcadores metabólicos mostrou que G6 e G5 apresentaram níveis de glicose mais elevados que seus respectivos grupos controles, G3 e G2. De forma semelhante, G6, G5 e G4 apresentaram níveis de triglicerídeos significantemente maiores do que seus respectivos grupos controles, G3, G2 e G1. Nos níveis séricos de colesterol total, G6 apresentou maiores valores quando comparados a G5. A partir dos resultados obtidos na presente tese, pode-se concluir que a periodontite associada a obesidade elevou os níveis séricos de PCR, mas que o tratamento da periodontite induzida não resultou em melhorias sistêmicas nos marcadores inflamatórios e metabólicos avaliados, à exceção do colesterol total no grupo exposto a dieta de cafeteria. |