Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Zanetti, Jessica Taísa |
Orientador(a): |
Gutterres, Mariliz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/243240
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Resumo: |
A indústria do couro gera efluentes contendo contaminantes, tais como taninos vegetais e corantes, que se não receberem tratamento adequado, podem dificultar a penetração da luz solar, ou causar outros problemas como toxicidade ao serem lançados em corpos hídricos. Em geral, os processos para remoção de corantes e taninos estão sendo estudados, destacando-se a técnica de ozonização, devido à sua alta eficiência, possibilidade de degradar vários contaminantes, além de apresentar vantagens operacionais e não gerar lodo, beneficiando o meio ambiente. O objetivo deste trabalho foi estudar a técnica de ozonização para tratar contaminantes presentes no efluente do processamento do couro (taninos vegetais e corantes) de forma isolada e para efluente de acabamento molhado do couro. O processo de ozonização foi utilizado para degradar separadamente os taninos vegetais condensáveis, acácia negra (Acacia mearnsii) e quebracho (Schinopsis lorentzii) e os taninos hidrolisáveis, castanheiro (Castanea sativa) e tara (Caesalpinia spinosa) e dois corantes, azul ácido 161 e preto ácido 210. Na sequência, o processo de ozonização foi aplicado em um efluente de acabamento molhado de couro, contendo o corante azul ácido 161 e o tanino de tara. A ozonização dos compostos foi acompanhada por 30 minutos, nos quais se analisou a redução de absorbância no decorrer do tempo por espectroscopia UV-vis. A ozonização dos quatro taninos foi testada na concentração inicial de 250 mg L-1 e pH inicial 4. Para o tanino de tara, duas concentrações foram testadas (250 mg L-1 e 750 mg L-1) e dois valores de pH (4,0 e 7,0). Para os corantes, duas concentrações foram testadas (167 mg L-1 e 500 mg L-1) e dois valores de pH (4,0 e 7,0). O efluente composto da etapa de acabamento molhado foi analisado por espectroscopia UV-vis, demanda química de oxigênio (DQO) e carbono orgânico total (COT). Como resultados verificou-se que a ozonização degradou as moléculas dos taninos vegetais, porém a quantificação da degradação dos taninos através da redução da absorbância em espectro UV só foi possível para os taninos hidrolisáveis. Após 30 minutos, a ozonização das soluções de tanino de tara com concentração inicial de 250 mg L-1 apresentou degradação em torno de 94% e a ozonização das soluções de corante com concentração inicial de 167 mg L-1 mostrou redução de cor superior a 98%. Na ozonização do efluente composto da etapa de acabamento molhado, houve reduções de cor de 92,37%, DQO de 32,22% e COT de 8,44%. A presente investigação mostrou que o processo de ozonização pode ser um método eficaz para degradação de taninos hidrolisáveis e remoção de cor, além de auxiliar na degradação do efluente de acabamento molhado. |