Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Schmidt, Jeanne Gabriele |
Orientador(a): |
Goulart, Bárbara Niegia Garcia de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/199028
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Depressão afeta cerca de 5% da população mundial e a perda auditiva, em torno de 4,4%. Ambas, isoladamente, são importantes causas de prejuízos emocionais, sociais e laborais, podendo levar à incapacidade. A associação entre estes agravos pode ser ainda mais limitante para o sujeito e estudos de base populacional verificando tal associação ainda são escassos. OBJETIVO: Avaliar, na população adulta brasileira, se a perda auditiva está associada à depressão. MÉTODO: Estudo transversal, realizado a partir do banco de dados disponibilizado pela Pesquisa Nacional de Saúde (2013). Foram selecionados todos os adultos com idades entre 18 e 59 anos. O desfecho depressão foi verificado a partir das questões correspondentes ao Patient Health Questionnaire-9. A perda auditiva (exposição) foi definida como presente ou ausente (sim ou não) e caracterizada de quatro formas distintas: quanto à natureza (adquirida ou congênita), presença de limitação (presente ou não) e percepção de dificuldade de audição (sim ou não). Os dados foram descritos através de frequências absolutas e prevalências, considerando o planejamento de amostra complexa. Razão de prevalência foi a medida de associação apresentada. Estimativas populacionais brutas e ajustadas por sexo, faixa etária, cor/raça, escolaridade, autopercepção de saúde, presença de doenças crônicas limitantes, presença de transtornos mentais limitantes e presença de outras deficiências foram obtidas através de regressão logística e apresentadas junto com intervalo de 95% de confiança. Todas as análises foram realizadas considerando os pesos populacionais da amostragem complexa da PNS utilizando os softwares SPSS v. 22 e R v.3.3.1. RESULTADOS: A partir da amostra de 49.025 indivíduos, foram abrangidos 119.900.627 brasileiros por meio da análise ponderada com extrapolação para o ano de 2015. Destes, estima-se que 52,1% são do sexo feminino, majoritariamente com idades entre 45 e 59 anos (54,2%), 53,9% não-brancos (negros, pardos, amarelos e indígenas), 42,2% com ensino médio completo/superior incompleto e 62,0% vivendo com cônjuge ou companheiro. A prevalência de depressão foi estimada em 3,9%, e a de perda auditiva em 1,4%. A prevalência de depressão foi 9 significativamente maior entre indivíduos com perda auditiva autorreferida (RP=1,26; IC95%: 1,14-1,39; P<0,001), perda adquirida (RP=1,25; IC95%: 1,12-1,40; P<0,001), perda congênita (RP=1,33; IC95%: 1,21-1,48; P<0,001), perda limitante (RP=1,49; IC95%: 1,34-1,66; P<0,001) e dificuldade para ouvir (RP=1,46; IC95%: 1,39-1,54; P<0,001). CONCLUSÕES: Foi encontrada associação entre perda auditiva e depressão na população estudada. Este estudo apresenta importantes dados que podem contribuir para a criação de políticas de saúde adequadas à população que convive com tais agravos associados, bem como para investimento nas políticas já existentes. |