Avaliação in vivo do dano oxidativo a biomoléculas e da inflamação em pacientes portadores de Doenças do Ciclo da Ureia : aspectos clínicos e bioquímicos na hiperamonemia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lopes, Franciele Fátima
Orientador(a): Vargas, Carmen Regla
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/250942
Resumo: As Doenças do Ciclo da Ureia (DCU) são erros inatos do metabolismo (EIM) que cursam com uma deficiência total ou parcial na atividade das enzimas ou transportadores envolvidos no ciclo da ureia, o qual é responsável pela transformação e excreção da amônia tóxica. As DCU podem causar danos neurológicos irreversíveis, levando ao óbito principalmente neonatos, seu desfecho clínico é grave e de rápida progressão, necessitando de diagnóstico urgente e acurado. Estudos demonstram que metabólitos tóxicos e estresse oxidativo podem estar envolvidos em sua fisiopatologia. Portanto, no capítulo I deste trabalho, objetivamos investigar o perfil clínico e laboratorial de pacientes DCU, a fim de auxiliar profissionais na rápida identificação dos sinais e sintomas e manejo da doença. Trinta pacientes portadores de DCU foram diagnosticados, incluindo portadores de deficiência de ornitina transcarbamilase (n=11), deficiência de argininosuccinato sintetase 1 (n=10), deficiência de arginase (n=5), deficiência de carbamoilfosfato sintetase (n=2) e deficiência de argininosuccinato liase (n=2). Os níveis de amônia e ácido orótico encontravam-se aumentados no diagnóstico. Os principais sinais e sintomas apresentados incluíram níveis alterados de consciência, encefalopatia hepática aguda, convulsões, falta de apetite, vômitos, coma e estresse respiratório, com taxa de óbito de 20%. No capítulo II, buscando investigar a fisiopatologia envolvida, avaliamos in vivo o dano oxidativo a biomoléculas e inflamação. Verificamos níveis de espécies reativas de nitrogênio (ERN) diminuídos nos pacientes, além do aumento de espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e proteínas carboniladas, indicando envolvimento da via de síntese do óxido nítrico (NO) e dano oxidativo a proteínas e lipídeos. As citocinas pró-inflamatórias IL-6, IL-8, interferon-γ e TNF-α e anti-inflamatória IL-10 encontravam-se aumentadas, indicando um estado pró-inflamatório nas DCU. O presente trabalho é pioneiro em delinear perfil oxidativo e inflamatório em pacientes DCU, além de demonstrar o importante papel da hiperamonemia em seu grave desfecho.