Fatores preditores do burnout em atletas : um estudo com atletas brasileiros profissionais de futsal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Bertoldi, Rafaela
Orientador(a): Balbinotti, Carlos Adelar Abaide
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/106581
Resumo: O tema da presente pesquisa é o burnout no contexto esportivo, mais especificamente os fatores preditores do burnout em atletas brasileiros profissionais de futsal. O objetivo principal foi avaliar e testar o Inventário de Fatores Preditores do Burnout em Atletas (IFPBA-24), tendo como suporte três modelos teóricos: (1) Modelo Afetivo-Cognitivo de Estresse; (2) Modelo de Resposta Negativa ao Estresse de Treinamento Físico e (3) Modelo da Perspectiva Social. Para cumprir esse objetivo foram conduzidos três estudos; cabe ressaltar que a pesquisa faz parte de um estudo maior e continuado sobre os modelos de competições esportivas. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS – sob o número 271.526. Estudo 1: O primeiro estudo realizou a redução dos itens do Inventário de Sinais e Sintomas do Burnout em Atletas (ISSBA-60), por meio da análise fatorial exploratória, em seguida, testou-se a validade confirmatória do modelo proposto com base nos 24 itens retidos na primeira análise e avaliou-se a consistência interna dos fatores do novo instrumento: Inventário de Fatores Preditores do Burnout em Atletas (IFPBA-24). A amostra foi composta de 130 atletas brasileiros profissionais de futsal, todos do sexo masculino, da faixa etária de 18 a 36 anos, que disputaram a Taça Brasil de Futsal-Adulto-Masculino (Divisão Especial). Os resultados demonstraram que, com base nos procedimentos de análise fatorial realizados, foram selecionados 24 itens, igualmente distribuídos em seis fatores (Sensação de impotência diante dos treinamentos e competições, Exaustão física, Baixa percepção de competência, Dificuldade de conciliar vida esportiva e vida social, Exaustão emocional e Sensação de incapacidade de melhorar o desempenho nos treinamentos e nas competições), que explicaram 61,75% da variância total. Uma análise fatorial confirmatória avaliou o novo modelo do IFPBA-24, e todos os índices ( x2/gl = 1,85; GFI = 0,930; AGFI = 0,912; RMS = 0,082) apresentaram valores adequados. Os seis fatores apresentaram índices Alpha de Cronbach que variaram de 0,67 a 0,75. O conjunto desses resultados indica que o novo modelo apresenta adequado índice de validade e de consistência interna. Estudo 2: Este estudo explorou possíveis semelhanças e diferenças no conjunto dos níveis do burnout em atletas, controlando as variáveis escolaridade, anos de profissionalização (até seis anos e mais de seis anos de prática profissional) e presença, ou não, de lesões no último ano. O estudo contou com a participação de uma amostra de 130 atletas brasileiros profissionais de futsal – dependente do “Estudo 1”, com idades de 18 a 36 anos. Os resultados obtidos indicam não haver diferenças significativas (p < 0,05) nas respostas dos atletas, quando essas variáveis são controladas. Estudo 3: Este estudo apresentou a ocorrência de possíveis diferenças significativas ou semelhanças estatísticas entre fatores preditores de burnout em atletas. A amostra foi a mesma do segundo estudo. Os resultados obtidos indicam que há semelhanças estatísticas (p > 0,05) e diferenças significativas (p < 0,05) entre os escores dos fatores preditores do burnout em atletas. Estes resultados permitem concluir que, os fatores preditores do burnout em atletas brasileiros profissionais de futsal com níveis mais elevados são: “Dificuldade de conciliar vida esportiva e vida social” e a “Exaustão física”; enquanto que os fatores com níveis menos elevados são: “Sensação de impotência diante dos treinamentos e competições” e a “Baixa percepção de competência”.