Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Furlan, Fabiane Machado |
Orientador(a): |
Souza, Ronald Buss de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/213510
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Resumo: |
Entender o papel das zonas costeiras no sequestro de carbono atmosférico é de extremaimportância, uma vez que a liberação de gases de efeito estufa é fator preponderante para asmudanças climáticas globais. Ao mesmo tempo, os efeitos antropogênicos como a expansãourbana, assim como os próprios efeitos das mudanças climáticas, em especial o aumentodo nível dos mares, colocam todos os ambientes costeiros do planeta em risco. Visandocompreender melhor a dinâmica temporal da interação entre a vegetação dos ecossistemascosteiros do Rio Grande do Sul (RS) e a atmosfera, uma torre micrometeorológica foiinstalada na Ilha da Pólvora no município de Rio Grande, RS, com o objetivo de medir avariabilidade temporal dos fluxos de CO2e de parâmetros meteorológicos associados, sobrea vegetação de marisma ali presente. Dois períodos foram selecionados para esse estudo: (i)julho a outubro de 2016 INV (inverno) e (ii) dezembro de 2016 a março de 2017 VER (verão).Para poder entender como os fenômenos meteorológicos sinóticos poderiam influenciara variabilidade dos fluxos de CO2, foram realizadas análises estatísticas de correlação,autocorrelação e correlação cruzada. Os resultados indicam uma marcada diferença nosfluxos medidos, entretanto o comportamento como sumidouro de carbono apresentadopela marisma persiste nos dois períodos estudados. O fluxo médio é -2,33μmol m−2s−1noinverno e -3,59μmol m−2s−1no verão. No inverno e no verão, a maior correlação negativaocorreu entre o fluxo de CO2e a temperatura do ar. A fim de extrapolar a estimativaespacial dos fluxos de CO2para a área total aproximada coberta por marismas no Estuárioda Lagoa dos Patos, foi realizada uma classificação supervisionada utilizando imagensPlanetScope. A área total de marisma estimada para o estuário da lagoa dos Patos foide 89,69 km2. A acurácia geral foi de 77,5% e índice Kappa igual a 0,73. Sendo assim, osvalores de incorporação de carbono durante o INV foi de -238,6gC m−2e no período VERfoi de -366,3gC m−2. Extrapolando estes valores para a área total do estuário, o invernoapresentou valor de -21,40kgC incorporado pela vegetação e o verão apresentou valor-32,85kgC. Como resultado, além de descrever-se diretamente o papel dessa vegetaçãocomo sumidouro de carbono atmosférico, apresenta-se a primeira estimativa conhecida deconcentração de CO2trocada entre a vegetação de marisma e a atmosfera ao longo dasestações do ano para esse ecossistema costeiro no Estuário da Lagoa dos Patos. |