Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Santos, Samuel Solgon |
Orientador(a): |
Griebeler, Marcelo de Carvalho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/193292
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Resumo: |
Mentiras estranhamente descaradas alcançaram recentemente milhões de compartilhamentos nas redes sociais digitais (ALLCOTT; GENTZKOW, 2017; SILVERMAN; SINGER-VINE, 2016). Diversos agentes podem ter incentivos a publicar mentiras em redes sociais, dentre eles candidatos a cargos eletivos e partidos políticos. O presente trabalho é dedicado a estudar o problema de um partido que tenha decidido mentir na rede social e que precisa escolher o nível de descaramento da mentira que irá publicar. No modelo que propomos, o partido escolhe o nível de descaramento da mentira de forma a maximizar a sua disseminação até a data da eleição. A disseminação da mentira na rede social depende de eleitores racionais que decidem se inspecionam e/ou compartilham a publicação, assim, o partido deve levar em conta como o nível de descaramento da mentira afeta a decisão dos eleitores de compartilha-la ou não. Além disso, consideramos a existência de militantes e BOTs que, por hipótese, sempre compartilham as publicações do partido e, assim, aceleram o processo de disseminação da mentira. Eleitores, militantes e BOTs são incorporados no modelo de difusão em rede proposto por Bass (1969), e definem a dinâmica de disseminação da mentira. Assumimos que o partido conhece a dinâmica de disseminação, bem como a influência do nível de polarização do eleitorado e da atuação de BOTs e militantes neste processo. Com base neste conjunto de informação e no custo de produção de mentiras, o partido decide o nível ótimo de descaramento da mentira que irá publicar. O modelo proposto permite mostrar que a polarização incentiva a produção de mentiras mais descaradas, e que este efeito se mantém quando consideramos a presença de uma mídia tradicional (ex.: televisão) que, com alguma eficiência, checa as mensagens do partido. Além disso, mostramos que se a eficiência em checagem da mídia tradicional for suficientemente alta, então a migração de eleitores da mídia tradicional para as redes sociais também incentiva a produção de mentiras mais descaradas. |