Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Schwarz, Karine |
Orientador(a): |
Jotz, Geraldo Pereira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/28495
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Resumo: |
A paralisia de prega vocal unilateral (PPVU) acarreta um efeito nocivo nas atividades da laringe, pois implica a interrupção de transmissão dos impulsos nervosos e de inervação neuromuscular. A descrição da voz e da configuração laríngea da PPVU, pré e pós-procedimentos cirúrgicos de medialização, pode complementar o entendimento da fisiologia do mecanismo laríngeo, bem como direcionar o tratamento e prevenir compensações negativas. Dessa forma, o objetivo do primeiro trabalho desta tese foi descrever a configuração laríngea e a voz de pacientes do sexo masculino, diagnosticados com PPVU, pré e pós-medialização da prega vocal. Para isso, foi realizado um estudo retrospectivo, através do levantamento de dados de prontuários de 142 pacientes diagnosticados com PPVU no período de janeiro de 2003 a abril de 2009, submetidos à avaliação perceptivo-auditiva das vozes e perceptivo-visual das imagens laríngeas, pré e pós-medialização. Foram incluídos no estudo os dados de 24 pacientes, do sexo masculino, com média de 60,7 anos, submetidos a três técnicas cirúrgicas de medialização (injeção de ácido hialurônico, tireoplastia tipo I e injeção de teflon). Anteriormente ao tratamento, verificou-se que foi significativa a influência da posição da prega vocal paralisada na ultrapassagem da linha média pela prega vocal sadia e no grau total de disfonia. Após o tratamento, verificou-se que foi significativo o fechamento glótico completo; margem livre da prega vocal linear; prega vocal paralisada na posição mediana; redução da rouquidão, aspereza e soprosidade (maior frequência do grau leve); astenia (maior frequência do grau normal e leve); tensão e instabilidade (maior frequência do grau normal) e diminuição do grau total de disfonia. Com base nos resultados, concluiu-se que a posição da prega vocal paralisada influencia a ultrapassagem da prega vocal sadia além da linha média e o grau total da disfonia; os três tratamentos melhoraram a configuração laríngea glótica e a voz dos pacientes com PPVU; não houve modificações significativas da configuração supra-glótica pós-tratamento. O segundo trabalho utilizou o mesmo banco de dados e teve como objetivo verificar as características perceptivo-auditivas da voz, conforme a posição da prega vocal paralisada, em pacientes do sexo masculino, com PPVU, antes de qualquer intervenção clínica e/ou cirúrgica, bem como a etiologia mais frequente. Os resultados mostraram que a prega vocal paralisada em posição paramediana ocorreu em 45,83% dos casos; a intermediária, em 25%; a lateral, em 20,83%, e a mediana, em 4,16%; a disfonia resultante da PPVU foi caracterizada pela rouquidão, aspereza e tensão, de grau moderado; soprosidade (maior frequência do grau severo); astenia e instabilidade (maior frequência do grau leve); a posição da prega vocal paralisada influenciou significativamente o grau geral de desvio vocal e houve significância estatística do câncer de pulmão como etiologia. Esse tipo de conhecimento, apresentado nesta tese, é relevante tanto para a clínica fonoaudiológica como otorrinolarigológica, pois possibilita um melhor entendimento da fisiologia laríngea e direcionamento do tratamento de pacientes com PPVU. |