Diversificação craniofacial em morcegos filostomídeos : um estudo de associação genótipo-fenótipo através do gene RUNX2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Tiago Ferraz da
Orientador(a): Hunemeier, Tábita
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/143871
Resumo: Os morcegos da família Phyllostomidae, endêmicos da região Neotropical, apresentam notáveis padrões de diversificação nas formas craniofaciais que são associadas às especializações alimentares. Entretanto, as bases genéticas e do desenvolvimento responsáveis pela geração e manutenção de tais especializações adaptativas são amplamente desconhecidas; não apenas nesta linhagem evolutiva, mas para vertebrados de forma geral. Dentre os diversos genes já investigados e associados à morfologia craniofacial, o RUNX2 apresenta amplo potencial de envolvimento causal na diversificação de formas observadas em morcegos filostomídeos. Repetições in tandem na taxa de aminoácidos Glutamina por Alanina (taxa Q/A), relacionadas à morfologia craniana, foram verificadas em carnívoros, porém, o padrão não se manteve quando analisadas outras linhagens de mamíferos como um todo. Neste contexto, o presente estudo analisa, de forma pioneira, o papel da taxa Q/A na diversificação morfológica craniofacial em uma linhagem específica de mamíferos (morcegos filostomídeos) com particular adaptação (distintas dietas, e.g. carnivoria, frugivoria, insetivoria, nectarivoria, onivoria, sanguinivoria). Utilizou-se a abordagem de associação genótipo-fenótipo através de diferentes métodos estatísticos (e.g. correlação de Pearson e inferência Bayesiana), incluindo ainda a relação entre os hábitos alimentares e os traços genotípicos e fenotípicos como variável latente. As análises foram controladas para a não-independência filogenética dos dados, empregando métodos filogenéticos comparativos. Foram verificadas correlações significativas entre a taxa Q/A e diferentes medidas craniométricas que descrevem as mudanças na morfologia integrativa do crânio, em especial a largura e comprimento da maxila superior. Uma correlação positiva entre o aumento da taxa Q/A e os hábitos de frugivoria e onivoria foi verificada, sugerindo também a existência de interação entre o hábito alimentar e as medidas de comprimento e largura da maxila superior, especialmente para animais frugívoros e onívoros.