Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Scalco, Sandra Cristina Poerner |
Orientador(a): |
Knauth, Daniela Riva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/193135
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Resumo: |
Introdução: A disfunção sexual feminina (DSF), apesar da alta prevalência (40-45%) no mundo, é frequentemente negligenciada na prática clínica. Existem diferentes testes para avaliação diagnóstica, porém, estes são formulados predominantemente para especialistas em sexualidade, são longos e muitos, não validados epidemiologicamente. Objetivos: O objetivo geral da presente tese é desenvolver e validar um instrumento rápido capaz de medir diferentes domínios da função sexual das mulheres, de forma prática e factível, para uma boa adesão por médicos não especialistas na área de sexualidade. Metodologia: Para a criação do teste, denominado U on Sex, foi utilizado um banco de dados de 378 mulheres atendidas em ambulatório de saúde sexual, em hospital público. Na identificação dos itens para melhor avaliar a função sexual feminina foi utilizada a metodologia de teoria de resposta ao item – TRI. Na validação ampliou-se a amostra inicial, incluindo 243 mulheres atendidas na atenção primária, e novamente sendo testadas pela TRI. A análise final foi realizada com amostra de 621 mulheres, contemplando mulheres com e sem queixa de disfunção sexual. O U on Sex, em sua validação concorrente, foi comparado ao FSFI, através do teste da correlação de Spearman. A validação do uso do instrumento por médicos não especialistas em sexualidade foi realizada comparando os resultados no re-teste do instrumento por especialistas em sexualidade. Resultados: Três itens - frequência, orgasmo e iniciativa – apresentaram poder discriminatório. O item “dor” foi pouco discriminatório. O U on Sex demostrou maior precisão na avaliação do nível de (dis)função sexual das mulheres que se encontram entre a média (zero) e um pouco menos de um desvio padrão acima da mesma. A correção em relação ao padrão ouro foi de 0,56 (valor p < 0,000. Na análise de acurácia o teste apresenta sensibilidade de 80% (IC 0,70-0,87) e especificidade de 53% (IC 0,45-0,61). Houve uma associação linear forte (0,8658) e significativa (valor p < 0,0001) na avaliação da aplicação do U on Sex por médicos não especialistas (NE) e especialistas em sexualidade (ES). Conclusão: O presente estudo demonstrou a capacidade do teste criado, o U on Sex, de identificar, com apenas três itens, o nível de função sexual feminina. Os itens frequência, orgasmo e iniciativa/interesse mostraram poder discriminatório. Recomenda-se compreender melhor o significado da dor na funcionalidade sexual feminina e o quanto os instrumentos utilizados refletem padrões de gênero. Priorizou-se a sensibilidade, pois como é um teste rápido de screening, para avaliar a funcionalidade sexual feminina, trata-se de abordagem inicial e breve, para sinalizar um possível diagnóstico de DSF. O instrumento U on Sex demonstrou ser um recurso com bom poder de identificação da função sexual e um rastreio inicial para possíveis disfunções, que devido os poucos itens facilita a abordagem do tema na prática clínica diária. Este teste rápido obteve forte índice de correlação quando comparada sua aplicação por médicos não especialistas com especialistas em sexualidade, demonstrando que o U on Sex pode ser um meio de acessar o diagnóstico de DSF, na atenção primária. |