Utilização de séries temporais de imagens de moderada resolução espacial para monitoramento das mudanças do uso do solo e cobertura vegetal do bioma Pampa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Mengue, Vagner Paz
Orientador(a): Fontana, Denise Cybis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/179569
Resumo: O objetivo da pesquisa foi verificar a aplicabilidade do uso de séries temporais de imagens de moderada resolução espacial para o mapeamento do uso do solo e cobertura vegetal no Bioma Pampa no Estado do Rio Grande do Sul e identificar os principais processos de transformação da paisagem. O estudo foi conduzido no limite do Bioma Pampa Gaúcho, definido pelo IBGE. Foram utilizadas imagens EVI (Enhanced vegetation índex) do Sensor MODIS, imagens noturnas do DMSP-OLS (Defence Meteorological Satellite Program - Operational Linescan System), dados SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) e imagens Landsat 5 e 8, associados ao classificador hierárquico por Árvore de Decisão (AD), construído utilizando o algoritmo C4.5. Para investigar os processos de transformação da paisagem, foram utilizadas variáveis ambientais, que incluem dados geomorfométricos, métricas da paisagem, dados climáticos e variáveis socioeconômicas. Foram utilizados modelos de regressão linear local (GWR) e global, além de procedimentos de agrupamentos espaciais (SKATER) implementado no software TerraView. Os resultados da metodologia de mapeamento do uso do solo e cobertura vegetal mostraram uma Exatidão Global (EG) que variou entre 89 e 90%. As maiores similaridades espectrais foram encontradas nas classes com cobertura vegetal, como Campo, Floresta e Silvicultura Com relação aos principais processos de transformação da paisagem, foi verificado uma diminuição em torno de 25% da classe Campo num intervalo de 15 anos, de 10.252.740 ha para 7.676.208 ha. Em contrapartida áreas agrícolas, como a classe Soja, obteve um aumento de 145 % do total de sua área, de 855.087 ha em 2000, para 2.099.837 ha em 2014. A classe Silvicultura também teve um aumento de mais de 167 % da sua área total. Para o processo de expansão da soja os principais fatores que contribuíram foram: topográficos (elevação, declividade e modelo HAND), fatores educacionais como taxa de analfabetismo, fatores climáticos (precipitação anual e sazonalidade da precipitação) e fatores de proximidade com áreas degradadas. Já para o processo de expansão da silvicultura foram: topográficos (declividade), rendimento médio mensal (R$), taxa de analfabetismo, precipitação anual e proximidade com áreas degradadas de campo. Este estudo permitiu identificar, através de utilização de técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento, que o padrão de degradação da vegetação campestre é um processo complexo e que envolve uma série de fatores, e que tende a ocorrer muito próximo de áreas já previamente degradadas. O principal processo de degradação da vegetação campestre é a atividade antrópica, em especial a agricultura mecanizada, com o cultivo de soja e áreas de silvicultura.