Metabolismo energético de frangos de corte : efeito da fibra e proteína da dieta e da frequência alimentar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Bockor, Luciane
Orientador(a): Kessler, Alexandre de Mello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/78783
Resumo: Conhecer o metabolismo energético das aves e estudar os fatores que o afetam, bem como o aproveitamento dos demais nutrientes da dieta, facilita a manipulação das rações e auxilia a melhorar características de carcaça. Neste trabalho avaliou-se o efeito da fibra e da proteína bruta da dieta e da freqüência alimentar sobre o metabolismo energético de frangos de corte em crescimento. Foram realizados três experimentos, sendo que o primeiro avaliou a influência de fontes de fibra de diferente fermentação (inulina, celulose e farelo de trigo) na dieta para frangos de corte, o segundo avaliou diferentes fontes (farelo de soja e glúten de milho 60%) e níveis de proteína bruta (19 ou 24%), e o método de formulação, por meio da energia metabolizável aparente (EMA) ou energia metabolizável aparente corrigida para nitrogênio (EMAn) para frangos de corte em crescimento e o terceiro testou o oferecimento da dieta para frangos de corte uma ou duas vezes ao dia. As fontes de fibra de diferente fermentação avaliadas nas dietas para frangos de corte não afetaram o desempenho, composição corporal, tempo de trânsito da digesta, o consumo de energia bruta e proteína bruta, assim como os ganhos corporais de água e demais nutrientes. A dieta com a fonte de fibra de alta fermentação, inulina, elevou a concentração de energia metabolizável e líquida das dietas. Já a celulose mostrou energia metabolizável semelhante a inulina porém menor valor de energia líquida quando comparada as demais fibras, o que confirma o favorecimento da fermentação da fibra solúvel na concentração da energia líquida da dieta. No segundo ensaio, a adição de glúten de milho como fonte de proteína para frangos de corte melhorou o peso final e ganho de peso das aves. Este ingrediente também mostrou ser uma fonte de proteína mais disponível para aves em relação ao farelo de soja. Melhor aproveitamento dos nutrientes e maior ganho de gordura na carcaça foram verificados em dietas com baixa proteína. O maior incremento de calor das dietas com alta proteína bruta reduziu a energia de produção das aves. No último experimento, a forma de oferecimento de alimento às aves duas vezes ao dia proporcionou melhor desempenho e aproveitamento dos nutrientes da dieta e da energia, sem prejudicar a retenção de nutrientes na carcaça e o balanço energético. As aves alimentadas uma vez ao dia apresentaram menor gasto com a mantença, o que pode estar relacionado a menor atividade de alimentação. Portanto, qualidade e quantidade de nutrientes, assim como o manejo alimentar das aves são fatores que podem alterar seu metabolismo energético, devendo ser levados em consideração pelo nutricionista no momento da formulação de rações.