Mapa de reconhecimento dos pontos gatilhos pélvicos miofasciais na síndrome da bexiga dolorosa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Carboni, Cristiane
Orientador(a): Salcedo, Mila de Moura Behar Pontremoli
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/247593
Resumo: Introdução: A Síndrome da Bexiga Dolorosa (SBD) é caracterizada por sensação desagradável (dor, pressão ou desconforto) percebida na bexiga, associada a sintomas urinários, como aumento da frequência, urgência e noctúria há mais de seis semanas, na ausência de infecção ou de outras causas identificáveis. Estima-se que a presença de pontos-gatilho miofasciais (PGM) nessa população chegue a 85%. Objetivo: Mapear os PGM de mulheres com diagnóstico de SBD para facilitar o diagnóstico para os profissionais de saúde. Metodologia: O estudo proposto apresenta um delineamento caso-controle. A amostra foi composta por 78 mulheres. (Grupo 1: SBD e Grupo 2: Controle), obtido pelo cálculo amostral. Foram incluídas mulheres com idade superior a 18 anos, que apresentaram diagnóstico clínico de SBD e que aceitaram participar do estudo assinando o TCLE. A distribuição dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk. Para variáveis contínuas, os dados foram apresentados de forma descritiva em média e desvio-padrão ou mediana e intervalo interquartil quando a distribuição dos dados fosse simétrica ou assimétrica, respectivamente. Variáveis categóricas foram expressas em frequências absoluta e relativas. Para comparação entre os grupos, foi utilizado o teste-t para 10 amostras independentes ou teste de Mann-Whitney quando a distribuição dos dados foi simétrica ou assimétrica, respectivamente. Variáveis categóricas foram analisadas pelo teste Chi-quadrado ou pelo teste exato de Fischer caso o número de observações por categoria fosse menor que 5 unidades. Para correlação entre variáveis contínuas que apresentaram distribuição normal foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson ou Spearman, em caso de distribuição simétrica ou assimétrica, respectivamente. Para todas as análises foi considerado um nível de significância de 5% (p≤0,05) e elas foram realizadas com o programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 26.0. Resultados: Os escores dos questionários de avaliação de bexiga hiperativa, dor e sintomas urinários (OABV8 e PUF) apresentaram correlação positiva e significativa (r = 0,910; p < 0,001). O perfil das respostas miofasciais nos grupos amostrais mostrou que as mulheres com SBD apresentaram correlação significativa com a presença de PGMs. Conclusão: Foi possível mapear os PGM de mulheres com diagnóstico de SBD. O mapeamento dos PGM na parede abdominal e no assoalho pélvico facilita a avaliação clínica para profissionais de saúde não familiarizados com exame de PGM e oferece uma série de benefícios, sendo o mais importante sua abordagem sistemática para localizar e identificar a origem da dor. A atribuição indevida da dor aos órgãos torna o diagnóstico e o tratamento mais caros, estressantes e frustrantes para os pacientes.