Ensinar e aprender Matemática, ressonâncias da Escola Nova : um olhar sobre a formação de professores no Instituto de Educação General Flores da Cunha (1940-1955)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rheinheimer, Juliana Mercedes
Orientador(a): Dalcin, Andréia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/179446
Resumo: A pesquisa tem o propósito de investigar o processo de formação de professores no Instituto de Educação General Flores da Cunha no período de 1940 a 1955 trazendo como problemática norteadora “como se desenvolveu a formação de professores que ensinavam e aprendiam matemática no Instituto de Educação General Flores da Cunha de 1940 a 1955?”. Considerando que o movimento Escola Nova ganhou força no Brasil nas primeiras décadas do século XX, temos também por propósito verificar se este movimento se fez presente nas práticas docentes do Instituto de Educação e de que modo. Trata-se de uma pesquisa inserida no campo de investigação da História da Educação Matemática e dialogamos com autores da História Cultural, em especial Carlos Guinsburg, Peter Burke e Jaques Le Goff, além de autores da História da Educação Brasileira, com destaque para as produções já existentes e que tomaram por objeto de estudo a instituição em questão. No diálogo com os documentos escritos, fotografias e os depoimentos de quatro ex-alunas, construímos uma narrativa histórica que expressa um olhar, enquanto pesquisadora, sobre um passado não vivido mas passível de ser interpretado Os documentos escritos e fotografias foram localizados no acervo do Laboratório de Matemática do Instituto de Educação General Flores da Cunha e em outros arquivos de Porto Alegre. Evidenciamos com a pesquisa que o movimento escolanovista se fez presente na instituição e deixou marcas, tanto na arquitetura e espaços escolares, como nas práticas formativas dos professores que atuavam no Curso Normal e das estudantes que o cursaram. Temos indícios de que os princípios escolanovistas materializavam-se nos planos de aula, nos textos elaborados pelas estudantes e professoras nos periódicos e trabalhos escolares, nos materiais didáticos produzidos, nos manuais didáticos estudados e na disciplina de Metodologia da Matemática ministrada pela professora Odila Barros Xavier. Destacamos a criação do Laboratório de Matemática, na década de 1950, como uma das ações da professora Odila Barros Xavier, enquanto espaço de formação, os estudos realizados neste espaço fortaleceram as ideias renovadoras e modernizadoras que foram sendo incorporadas aos discursos da e sobre a instituição.