As exportações brasileiras de bens intensivos em trabalho no período 2000- 2014 : um estudo exploratório sobre percepções empresariais e decisões de investimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rockenbach, Bianca Martins
Orientador(a): Henkin, Helio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/188175
Resumo: O principal objetivo deste estudo foi identificar uma possível assimetria entre os avanços de produtividade da indústria brasileira intensiva em trabalho e a sua competitividade internacional, contemplando especialmente os setores de calçados, de móveis e de vestuário. A pesquisa foi desenvolvida em duas etapas, com base na literatura recente sobre competitividade internacional, competências organizacionais para exportação, e estudos setoriais. Na primeira etapa buscou-se avaliar o desempenho exportador do Brasil e comparar ao desempenho dos principais exportadores mundiais dos três setores entre 2000 e 2014. Com a aplicação do método estrutural-diferencial foi possível mensurar a participação de cada um dos quatro efeitos que constituem as causas da variação das exportações dos países e setores. Dentre eles, destaca-se o efeito competitividade, cujo resultado foi bastante distinto para o caso do Brasil em relação aos demais países. O desempenho exportador brasileiro foi amplamente prejudicado por este efeito, no qual estão incluídos fatores implícitos de diversas naturezas. Na segunda etapa buscou-se avaliar as percepções empresariais e decisões de investimento referentes à competitividade e à capacidade exportadora dos três setores. Por meio da aplicação do método de estudos de caso a onze empresas brasileiras exportadoras, verificou-se alguns dos possíveis fatores implícitos nos resultados negativos do efeito competitividade. Também foi possível identificar estratégias e competências organizacionais que constituem fatores microeconômicos determinantes do potencial competitivo dessas empresas no mercado internacional. Entre as estratégias para exportação identificadas, se destacam o foco na diferenciação de produtos ou serviços, e a definição de países como mercado-alvo para vendas e posicionamento de marca. Quanto à estratégia mercadológica, empresas de vestuário optam por manter os mercados onde já atuam, enquanto empresas de calçados e de móveis buscam ampliar a diversificação dos mercados para exportação. A gestão da marca é uma área de competência organizacional que representa vantagem competitiva para empresas de vestuário. O desenvolvimento de novos modelos e novos produtos é uma competência mais desenvolvida nas empresas de móveis e de vestuário. Já a área referente à atualização e capacitação contínua do processo de produção apresenta melhor desempenho nas empresas moveleiras. A pesquisa contribui como um instrumento de análise para novos estudos de avaliação da eficácia das estratégias e competências empresariais para exportação, e para a formação de quadros de perspectivas de sobrevivência e expansão da indústria brasileira intensiva em trabalho no mercado externo.