Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Machado, Vanessa Noguez |
Orientador(a): |
Silva, Carlos Eduardo Schönerwald da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/206863
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Resumo: |
A presente pesquisa objetiva analisar a influência do ciclo de vida da firma na relação entre governança corporativa e financial distress nas companhias listadas na B3 S/A - Brasil, Bolsa, Balcão (B3) nos anos de 2010 a 2018. Dessa forma, efetuou-se uma pesquisa quantitativa, descritiva e documental, utilizando-se dos dados disponíveis nos bancos de dados da Economatica® e da Bloomberg®, assim como nos Formulários de Referência das companhias não financeiras listadas na B3, com fluxos de caixa não zerados. A análise foi efetuada com base na regressão de dados em painel, para 138 companhias, utilizando-se Mínimos Quadrados Generalizados (GLS), com a estimação de Hausman-Taylor, além da regressão quantílica. Por meio do método de sinais de fluxo de caixa da Dickinson (2011), classificou-se as empresas nas etapas de nascimento, crescimento, maturidade, turbulência e declínio para o período de análise. Com relação ao financial distress, examinou-se quatro proxies para representar o sofrimento financeiro, sendo elas: o Z-score clássico de Altman (1968); o Z-score de Martins e Ventura (2020), adaptado do modelo de Altman, Baydia e Dias (1979) para realidade atual das companhias brasileiras; o indicador de default em um ano da Bloomberg, que representa a probabilidade de inadimplência das companhias da amostra no próximo ano; e o indicador de default em cinco anos, indicando a probabilidade de inadimplência a longo prazo. Como mecanismos de governança corporativa, analisou-se os mecanismos internos e externos. Como mecanismos internos, utilizou-se: tamanho do conselho de administração; não dualidade do cargo de Diretor Executivo (CEO) e Presidente do Conselho; percentual de ações ordinárias; concentração dessas ações em posse do controlador; e plano participação dos executivos lucros da companhia. Já como mecanismos externos, analisou-se: percentual de ações em circulação (Free Float); qualidade da auditoria externa; e classificação da empresa no nível diferenciado da B3 denominado de Novo Mercado. Ademais, controlou-se a análise com a utilização de variáveis atreladas ao desempenho organizacional, como: tamanho da companhia, retorno do ativo, retorno das ações e oportunidade de crescimento. Os resultados auferidos demonstraram que, de forma geral, tantos os mecanismos internos, quanto externos, se mostraram significantes em relação às proxies de financialdistress, denotando influência significativamente distinta entre eles para as companhias da amostra. Ainda, verificou-se que as etapas do ciclo de vida afetam significativamente a relação entre os mecanismos e o sofrimento financeiro, de forma distinta em cada etapa do ciclo de vida. Ademais, nota-se que, para as variáveis da pesquisa, os mecanismos externos de governança corporativa demonstraram resultados mais significantes ao longo da vida das companhias quando analisadas sob o enfoque do financial distress. Assim, a pesquisa contribui para o enriquecimento da literatura e debate a respeito sobre o tema, ressaltando a importância da análise das características de cada etapa do ciclo de vida empresarial, de modo a minimizar problemas de agência relacionados a conflitos de interesses e assimetria da informação, na utilização de mecanismos internos e externos de governança corporativa para mitigar problemas a probabilidade de financial distress. |