Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Da Ré, Carollina Fraga |
Orientador(a): |
Da Ré, Carollina Fraga |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/258719
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Resumo: |
O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é caracterizado por uma hiperglicemia crônica, em resposta a uma resistência tecidual à insulina com posterior prejuízo na sua secreção ao longo da progressão da doença. O DM2 é um fator de risco para diversas alterações centrais e periféricas, entre elas, prejuízos cognitivos e neuroinflamação. A leptina tem apresentado papel importante no funcionamento cerebral, inclusive nos processos de memória e aprendizagem, porém, uma associação direta do DM2 com essa adipocina ainda não está clara, uma vez que seus níveis podem variar de acordo com o peso corporal e grande parte dos indivíduos e modelos animais de DM2 apresentam obesidade. Com isso, o objetivo do presente estudo foi investigar alterações de memória, hipocampais e periféricas durante a progressão do diabetes mellitus tipo 2 e na neuroinflamação aguda em ratos Wistar adultos machos. Para isso, utilizamos um modelo de DM2 em ratos Wistar adultos sem a presença de obesidade, induzido com estreptozotocina (STZ) e nicotinamida (NA), avaliamos alterações de memória, hipocampais e séricas em dois estágios de progressão da doença, um estágio inicial, após 4 semanas, e um estágio avançado, após 16 semanas. Além disso, utilizamos um modelo de neuroinflamação aguda com lipopolissacarídeo (LPS), avaliando os parâmetros após 48 h. Encontramos alterações de memória nos dois modelos utilizados, tanto ao longo do DM2 quanto em resposta a neuroinflamação aguda. Porém, relacionando-se essas alterações à sinalização de leptina os resultados foram diferentes. Nos animais com DM2 induzida, pode-se observar uma redução nos níveis séricos de leptina nos animais com um estágio de doença avançada, porém não há diferença significativa no estágio inicial. Além disso, não houve alteração na sinalização de leptina no hipocampo desses animais. Em contrapartida, 48 h após a indução de neuroinflamação os níveis séricos de leptina se mostraram reduzidos e a concentração de seu receptor foi maior em comparação ao grupo sham. Investigamos, também, a atividade astrocítica no hipocampo dos ratos após a indução de DM2 e de neuroinflamação. A concentração de GFAP no hipocampo dos animais com DM2 se mostrou aumentada apenas no estágio inicial da doença, assim como em resposta a neuroinflamção aguda. Além disso, a proteína S100B no líquor dos animais com DM2 foi reduzida em comparação ao grupo sham, também, apenas no estágio inicial da doença. Por outro lado, a S100B sérica foi reduzida após a indução de neuroinflamação aguda, porém não houve alteração em resposta ao DM2. A concentração de β-amiloide e de proteína tau fosforilada se mostrou aumentada no hipocampo dos ratos com DM2 após 16 semanas, demonstrando uma alteração similar à doença de Alzheimer no estágio avançado da doença. Com isso, concluímos que, o DM2 leva a prejuízos cognitivos mesmo em um estágio inicial da doença e estes estão relacionados com alterações astrocíticas. Já em um estágio avançado, os parâmetros neuronais é que estão alterados. Assim como no modelo de DM2, o modelo agudo de neuroinflamação também ocasionou um prejuízo de memória, o que pode ou não estar relacionados à resposta por leptina em ambos os modelos. |