Reprodução, patogenicidade e potencial toxigênico de Fusarium graminearum, F. meridionale e F. cortaderiae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Nicolli, Camila Primieri
Orientador(a): Del Ponte, Emerson Medeiros
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/183699
Resumo: A giberela do trigo na região sul do Brasil é causada por várias espécies do complexo de espécies Fusarium graminearum (FGSC, F. graminearum species complex). Dentre essas, destacam-se em prevalência, nessa ordem, Fusarium graminearum sensu stricto (Fgra), F. meridionale (Fmer) e F. cortaderiae (Fcor). Baseado na hipótese de que Fgra apresenta vantagens adaptativas em relação às demais, objetivou-se comparar essas espécies quanto a fecundidade (reprodução assexuada), fertilidade (reprodução sexuada, patogenicidade e produção de tricotecenos). Para isso, foi selecionado um total de 33 isolados de três espécies, sendo 12 F. graminearum, 11 F. meridionale e 10 F. cortaderiae, identificados em estudos anteriores. Experimentos foram conduzidos para avaliar: crescimento micelial em duas temperaturas; esporulação e germinação de macroconídios; formação e produção de peritécios em grãos de arroz, trigo e milho; a agressividade na cultivar BRS Guamirim e produção dos tricotecenos deoxinivalenol (DON), nivalenol (NIV) e duas formas acetiladas de DON (3-ADON e 15-ADON). Quanto ao crescimento micelial, houve interação significativa entre espécie e temperatura. Isolados Fgra mostraram maior resposta no crescimento ao incremento da temperatura, assim como Fmer em relação à Fcor Na formação e produção de peritécios nos grãos, um índice de fertilidade relativa (IFR), calculado com base na frequência de formação de peritécios em diferentes níveis de colonização dos grãos, foi maior para todos os isolados quando inoculados em grãos de arroz e milho, comparado com trigo. Independente do substrato, Fgra foi a espécie com o maior IFR seguido de Fmer e Fcor. Fgra apresentou maior percentual de germinação e um maior número de esporos viáveis em relação à média de Fmer + Fcor. No ensaio de patogenicidade, a severidade média da doença foi de 36% e não foi observada diferença estatística entre as espécies. Na análise de micotoxinas produzidas in vitro, foram detectadas apenas as duas formas acetiladas de deoxinivalenol e nivalenol, sendo a produção total maior em substrato de arroz. De forma coerente Fgra produziu mais 15-ADON que Fmer e Fcor, da mesma forma que Fmer e Fcor produziram mais nivalenol. Assim, Fgra apresentou evidências de maior vantagem adaptiva em relação às demais espécies.