Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Niederauer, Kátia Gomes |
Orientador(a): |
Cordioli, Aristides Volpato |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/10739
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Resumo: |
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é uma doença mental crônica e incapacitante, caracterizada pela presença de obsessões e/ou compulsões que tomam boa parte do tempo do paciente, causando angústia e desconforto acentuados. Os estudos sobre a terapia cognitivo-comportamental em grupo (TCCG) para o TOC vêm crescendo, pois trata-se de uma modalidade de tratamento que, além de ser efetiva, apresenta vantagens de acessibilidade e de um menor custo, sendo que um número maior de pacientes pode beneficiar-se em menor espaço de tempo. Todavia, faltam pesquisas que avaliem o impacto e os benefícios a curto e longo prazo dessa intervenção na qualidade de vida dos pacientes.O objetivo deste estudo é avaliar o impacto da terapia cognitivo-comportamental em grupo (TCCG) na qualidade de vida dos pacientes ao longo de um ano e verificar se existe associação entre a intensidade da melhora dos sintomas e a qualidade de vida. As áreas mais afetadas pelos sintomas também foram investigadas.Oitenta e dois pacientes diagnosticados com TOC, provenientes do ambulatório de ansiedade do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, foram acompanhados ao longo de um ano após completarem um protocolo de 12 sessões de TCCG. Foram utilizados os instrumentos World Health Organization Quality of Life – Bref Form (WHOQOL-BREF), para avaliação da qualidade de vida, e Yale-Brown Obsessive- Compulsive Scale (Y-BOCS), para investigação da gravidade do TOC. Estes foram aplicados em três momentos distintos: antes da TCCG, logo após o término e um ano depois. A TCCG melhorou significativamente (p<0,001) a qualidade de vida dos pacientes, e essa melhora manteve-se ao longo de um ano de acompanhamento. Nesse sentido, aqueles que tiveram uma redução maior dos sintomas obsessivos-compulsivos apresentaram escores mais altos de qualidade de vida ao final do período. As obsessões exerceram maior interferência com relação à qualidade de vida dos pacientes do que as compulsões, sendo que os pacientes que tiveram remissão das obsessões apresentaram melhora maisexpressiva na qualidade de vida geral. As áreas mais comprometidas foram o bem-estar psicológico seguido pelas relações sociais.A TCCG teve um impacto considerável na qualidade de vida dos pacientes, promovendo uma melhora significativa e duradoura desta e dos sintomas obsessivo-compulsivos. As obsessões mostraram estar mais fortemente associadas à qualidade de vida dos portadores; portanto, focalizar o tratamento nesse tipo de sintoma e desenvolver estratégias que possibilitem a sua remissão auxiliará na melhora da qualidade de vida dos pacientes. |