Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Blando, Alessandra |
Orientador(a): |
Franco, Sérgio Roberto Kieling |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/235579
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Resumo: |
Esta tese tem por objetivo investigar em que consiste a autonomia intelectual do estudante universitário, elaborando, a partir desse estudo, um construto desse conceito e buscando evidências de existência dessa autonomia. Desse modo, o problema de pesquisa deste estudo visa à compreensão do que consiste a autonomia intelectual do estudante universitário e como ela pode ser verificada. Para tal, propõe-se uma interpretação dialética interacionista e não positivista. Parte da Epistemologia Genética de Jean Piaget, no modo de conceber o sujeito, seu desenvolvimento cognitivo e sua aprendizagem, e na contribuição de outros conceitos teóricos como a autoria, a consciência, a criticidade, a reflexividade, o protagonismo, o engajamento universitário, além de estabelecer uma relação com as teorias de construção de si de McAdams e a de construção e de adaptabilidade de carreira de Savickas quanto à preocupação, à curiosidade e à confiança. Também se pautará na autorregulação da aprendizagem, a partir de um ponto de vista interacionista piagetiano. Sobre a metodologia, trata-se de uma pesquisa quantiqualitativa em que a coleta de dados foi realizada em duas etapas. Na primeira, utilizouse um questionário online, com perguntas abertas e fechadas e uma escala de Likert composta das dimensões e subdimensões da autonomia intelectual visando a estabelecer um perfil dos estudantes, bem como a mapear os participantes da etapa seguinte, constituída por uma entrevista online. Ainda, a partir do cálculo da média, da mediana e do desvio-padrão de cada dimensão da escala de Likert, realizaram-se de cortes estatísticos que melhor representassem a amostra para a entrevista, chegando-se a três grupos distintos, cujos escores médios superaram a média geral na escala, comparando-os entre si. Para a segunda etapa foi feita uma entrevista semiestruturada com os participantes que obtiveram 1,5 desvio-padrão superior à média na escala, em busca das regularidades diante de sua aprendizagem e estudos frente às dimensões e subdimensões da autonomia intelectual. Participaram deste estudo 531 graduandos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Os dados indicaram, nessa amostra, a existência de autonomia intelectual em que o protagonismo se desenvolve em um primeiro momento, em seguida a autorregulação da aprendizagem e, por fim, a autoria. Além disso, constatou-se que o desenvolvimento dessa autonomia intelectual pode ser facilitado pela universidade, mas não significa que todos os estudantes que ingressam, permanecem e se formam no ensino superior avançam nesse sentido. Por fim, a autonomia intelectual é um conceito multidimensional – que abarca aspectos cognitivos, motivacionais e comportamentais – associado ao protagonismo, à autorregulação da aprendizagem e à autoria. O protagonismo e a autorregulação permitem o desenvolvimento do sujeito aprendente agente e a autoria do sujeito aprendente autor. |