Determinação do potencial de agressão dos sais marinhos sobre as argamassas de revestimento na região metropolitana de Salvador

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Costa, Eduardo Antonio Lima
Orientador(a): Greven, Helio Adao, Silva Filho, Luiz Carlos Pinto da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/117749
Resumo: Atualmente, é crescente a preocupação com relação à vida útil das edificações e com o desempenho dos materiais à agressividade do ambiente. Neste sentido, o estudo do potencial de agressão dos sais marinhos sobre as argamassas de revestimento é crítico. A presença de sais, e a conseqüente pressão de cristalização, são responsáveis por um grande número de manifestações patológicas nos revestimentos de edificações. O controle deste fenômeno se constitui em um fator importante devido, principalmente, aos elevados recursos financeiros necessários para recuperação do patrimônio atingido. O presente trabalho teve por objetivo avaliar o perfil da distribuição espacial dos sais marinhos com relação à distância do mar, através da determinação da taxa de deposição de cloretos, sulfatos e nitratos em sensores de vela úmida posicionados em estações de monitoramento localizadas nos municípios de Salvador, Lauro de Freitas e Camaçari (Região Metropolitana de Salvador). Adicionalmente, foram avaliadas as concentrações de cloretos e sulfatos que efetivamente penetraram, após um processo de deposição e migração, em corpos-de-prova de três tipos de argamassa, com consumos de cimento diferentes. Estes foram moldados com a adição de um argilomineral, localmente denominado de arenoso, visando analisar o comportamento de materiais típicos, pois o arenoso é freqüentemente utilizado em argamassas na região monitorada, mas não foi ainda devidamente estudado. A metodologia empregada permitiu avaliar a eficiência do equipamento de coleta e o desempenho comparativo, quanto à resistência à penetração de sais, dos traços de argamassa estudados. Foram determinados tanto os teores de sais depositados no sensor quanto os migrados para o interior da argamassa por cromatografia iônica. Os resultados foram analisados com relação à distância do mar. É possível concluir que, traços de argamassa com consumos de cimento em torno de 200 kg por metro cubico tem um melhor desempenho com relação a traços mais pobres, de menor consumo de cimento por metro cubico, quanto ao teor de sais efetivamente penetrado, e ainda, que o potencial de distribuição espacial do spray marinho é de maior influencia até 500 metros de distância do mar. A partir desta distância o teor de cloretos cai significativamente e, no caso dos sulfatos, outras fontes de emissões, como veiculares, passam a ser mais importantes como origem desses íons do que o spray marinho.