Variação sazonal e estrutura trófica da assembléia de peixes do Delta do Rio Jacuí, RS, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Saccol-Pereira, Adriana
Orientador(a): Fialho, Clarice Bernhardt
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/13639
Resumo: O presente estudo teve como objetivos conhecer a estrutura da assembléia de peixes do delta do rio Jacuí quanto a sua diversidade, riqueza e similaridade em relação a variações sazonais, assim como sua estrutura trófica. O delta do rio Jacuí situa-se no leste do estado do Rio Grande do Sul, formando uma extensa área alagada de 22 mil hectares com 30 ilhas. As amostragens foram realizadas mensalmente de outubro de 2004 a setembro de 2005, através do uso de redes de espera em três áreas e a abundância de cada espécie foi determinada através da captura por unidade de esforço (CPUE) em número de indivíduos e biomassa. A maioria dos indivíduos coletados pertenceu aos caraciformes seguido pelos siluriformes. Análises estatísticas não demonstraram diferenças significativas entre o número de indivíduos coletados, biomassa e fatores abióticos entre o dia e a noite dentro das estações do ano. Entretanto, quando a assembléia foi comparada entre as estações independente de dia e noite, o outono foi a estação que apresentou significativamente o maior número de indivíduos capturados, enquanto que sua biomassa foi significativamente igual a do inverno e ambas foram maiores que a biomassa da primavera e do verão. Estes resultados também apresentaram correlação significativa com a pluviosidade, demonstrando que o número de indivíduos capturados aumentou com a pluviosidade. A espécie Cyphocarax voga que tem sua alimentação baseada no substrato foi a mais capturada em número de indivíduos e biomassa, independente de estação do ano e dia ou noite e junto com ela Astyanax fasciatus, Pachyurus bonariensis, Parapimelodus nigribarbis, Pimelodus maculatus, Loricariichthys anus e Hoplosternum littorale que apresentam em sua maioria hábitos alimentares bentófagos, representaram 70% da captura total em número de indivíduos e biomassa. De forma geral, a assembléia ocupou mais a coluna d’água, se alimentando de um maior número de itens alimentares, durante os períodos de maior pluviosidade onde ocorreram os maiores valores de sobreposição alimentar, enquanto que no inverno e verão, períodos de menor pluviosidade, a assembléia apresentou alimentação mais estrita baseando-se principalmente em itens encontrados próximos ou no substrato.