Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Vargas, Simone Luciano |
Orientador(a): |
Gomes, Gínia Maria de Oliveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/235571
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Resumo: |
A literatura judaica brasileira tem se transformado com o passar dos anos, seguindo as tendências contemporâneas quanto à forma. Os temas são os mesmos abordados pelos escritores do século XX: identidade, memória judaica e deslocamento, agora com base nas experiências de uma geração pós-imigração, cuja identidade é híbrida. Essa condição dos descendentes de judeus trouxe novas perspectivas de análise porque suas escrituras se fazem sobre outros moldes. Nesse sentido, foram elencados quatro romances do escritor Luis Sérgio Krausz, judeu-germano-brasileiro, a saber: Desterro: memórias em ruínas, Deserto, Bazar Paraná, Outro lugar. O deslocamento é o fio condutor para a análise crítica. Krausz também se utiliza da memória individual e da coletividade judaica em sua produção literária, contudo ele dá outra configuração ao aderir às narrativas memorialísticas sob a égide da literatura contemporânea. Como ele apresenta imbricadas as narrativas memorialísticas, considerou-se os romances como espaços biográficos. A questão da memória foi analisada pelo viés da memória cultural, tendo as teorias da memória coletiva e pós-memória como fundamentação teórico-metodológica. As diásporas que marcam a história judaica estão presentes, de forma que são objetos de análise. Questões judaicas como o antissemitismo, o sionismo e a Shoah são referendados pela descrição sociohistórica, ratificada pela vivência de judeus célebres do período, a fim de compreender a origem da diáspora judaica no século XX. O mal-estar do exílio, consequência da diáspora, é abordado com base no conceito de condição exílica ou exiliance. Como resultado da análise dos romances, considerou-se que o autor-narrador, mediante as narrativas memorialísticas, deu voz a judeus que de outra forma estariam fadados ao esquecimento. Além disso, a condição exílica e o sentimento nostálgico por uma pátria metafísica são transmitidos às gerações seguintes por meio da convivência com os antepassados. A rememoração da história judaica por Krausz confirma o dever de memória manifestado na cultura judaica. |