Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Gabriela Costa da |
Orientador(a): |
Reis, Antonio Tarcisio da Luz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/257361
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objetivo geral verificar o legado de equipamentos olímpicos através da análise de uso de cada equipamento olímpico no período pós-jogos. Para atingir o objetivo proposto, foram escolhidas as áreas olímpicas dos bairros Barra da Tijuca e Deodoro, na cidade do Rio de Janeiro – RJ, sede dos Jogos Olímpicos de 2016, por abrigarem a maior parte dos equipamentos, nomeadamente: Parque Aquático Maria Lenk, Jeunesse Arena, Velódromo, Arenas Cariocas 1, 2 e 3, Centro de Tênis, Arena do Futuro e Centro Aquático, no Parque Olímpico, e Campo Olímpico de Golfe, no bairro Barra da Tijuca; e Piscina de Canoagem Slalom, Pista BMX, Arena Juventude, Centro Nacional de Tiro, Piscina do Pentatlo Moderno, Centro de Hóquei sobre Grama e Centro de Hipismo, no Complexo Esportivo de Deodoro. Os dados foram coletados através de questionários, aplicados presencialmente nos equipamentos olímpicos e nas proximidades e via internet, com usuários e moradores do entorno do Parque Olímpico, Campo Olímpico de Golfe e Complexo Esportivo de Deodoro. Também foram realizadas entrevistas estruturadas, presencialmente nos equipamentos olímpicos e no entorno imediato e via ligação por WhatsApp, com os seguintes grupos: usuários, moradores do entorno e funcionários do Parque Olímpico, Campo Olímpico de Golfe e Complexo Esportivo de Deodoro; alunos do colégio Alfa Cem (Jeunesse Arena, Parque Olímpico); e funcionário da Prefeitura do Rio de Janeiro. Os dados quantitativos provenientes dos questionários foram analisados através de frequências e testes estatísticos não-paramétricos e os dados de natureza qualitativa das entrevistas foram analisados através de interpretações dos significados e frequências. Para descrever e analisar as características da configuração espacial da cidade do Rio de Janeiro, foi utilizada análise sintática. Os resultados evidenciam a importância da construção de equipamentos multifuncionais, os quais são adaptáveis para receber diferentes atividades que atendam não só atletas, por meio de treinamentos e competições, como também a população em geral através de projetos sociais. A gestão privada dos equipamentos olímpicos tende a apresentar melhor manutenção do que a pública, contudo, quando uma instituição, tal como o Exército, recebe recursos públicos para serem investidos na manutenção dos equipamentos, estes tendem a apresentar manutenção adequada. Por sua vez, o fato das instalações olímpicas contribuírem para o desenvolvimento e valorização do bairro indica que localizar os equipamentos olímpicos de maneira descentralizada implicaria no crescimento qualificado de diferentes áreas da cidade-sede. Embora seja importante que todas as instalações estejam em áreas acessíveis, com infraestrutura urbana adequada (p. ex., iluminação, pavimentação, comércios e hotéis) e segura quanto ao crime, equipamentos olímpicos utilizados tanto por atletas, para treinamentos e competições, quanto pela população, por meio de projetos sociais, estariam melhor localizados em áreas carentes, tendo em vista que os principais usuários de instalações com estes usos são caracterizados pela baixa renda. Ainda, apesar das instalações estarem localizadas em áreas periféricas ou em expansão, devido à ausência de áreas livres em zonas centrais, verifica-se que a disponibilidade de transporte público e de vias adequadas reduz problemas gerados pela distância entre as instalações e o local de moradia dos usuários. Adicionalmente, a percepção de segurança por parte de usuários de áreas olímpicas é sustentada pelo desconhecimento de assaltos e pela presença de cercamento, que canaliza a entrada e saída de pessoas a um único portão vigiado por guardas, como acontece no Parque Olímpico do Rio de Janeiro e no Campo Olímpico de Golfe. Por sua vez, o fato das pessoas sentirem falta da maior supervisão de guardas em grandes áreas abertas, poderia ser tratado também pela inclusão de atividades que sirvam como atratores de usuários e, logo, contribuam para a supervisão dessas grandes áreas. Embora a presença de vegetação e manutenção e limpeza adequadas e as características dos equipamentos (cores, dimensões e formas) contribuam para a aparência das áreas olímpicas, verifica-se que tal aparência não tem um impacto direto sobre os usos desses equipamentos, pois dependem de outros aspectos, como a conservação dos espaços internos. Por fim, espera-se que os resultados obtidos nesta pesquisa possam contribuir para o conhecimento acerca do planejamento de equipamentos olímpicos visando os seus usos no período pós-jogos. |