Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Castillo Valencia, María del Pilar |
Orientador(a): |
Balbinotto Neto, Giacomo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/132922
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Resumo: |
O objetivo desta tese é explicar a redução nas taxas de sequestros políticos na Colômbia nos últimos anos a partir da análise do comportamento estratégico dos criminosos. Pontos de vista convencionais explicam a diminuição dos sequestros como o resultado exitoso da política de segurança democrática do presidente Álvaro Uribe Vélez. No entanto, até agora, tem sido desconsiderada a busca de explicações alternativas à já existente, que bem poderiam ser encontradas a partir da perspectiva de análise dos dilemas organizacionais produzidos pelos sequestros nas FARC – Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia –, da sua interação estratégica com o governo e, em particular, de seus efeitos sobre sua atividade global e na decisão de pôr fim a essa ação criminosa. O interesse dos três ensaios que compõem esta tese é estudar as motivações deste grupo rebelde, sob o enfoque da teoria da agência, dividindo sua estrutura organizativa entre líderes (principal), que tomam as decisões estratégicas, e os combatentes (agentes), que as realizam, em um contexto de informação assimétrica, para tomar decisões racionais. Cada ensaio desenvolve a partir de diferentes perspectivas, mas tendo como base o enfoque racional de principal-agente, as razões que levaram a organização a renunciar a uma de suas atividades criminosas, considerada no princípio como uma ação estratégica eficiente que obrigaria o governo colombiano a negociar. O primeiro ensaio está focado em mostrar os custos de transação que gerou essa estratégia para os agentes e o principal. Esta análise faz uso dos mesmos instrumentos analíticos empregados para analisar os custos de qualquer transação econômica que leva a cabo uma organização legal. Mostrando que os custos dessa atividade foram altos, expressados, primeiro, em um conflito de interesses entre o líder, encarregado de esquematizar e designar tarefas, e os agentes, responsáveis por sua execução. A divergência entre estas duas partes teve origem em uma mudança nas expectativas dos agentes, que preferiam mais atividades de combate às relacionadas com o sequestro, em um contexto de perseguição constante do exército colombiano. O segundo ensaio estuda como essa mesma estratégia afetou o contexto no qual os agentes definem suas preferências. Através do uso de três enfoques diferentes da teoria econômica se expõem três interpretações diversas da mudança nas preferências dos agentes: a) uma mudança no risco; b) uma divergência entre as preferências subjacentes e induzidas; c) a presença de dimensões motivacionalmente salientes. E o terceiro ensaio apresenta um modelo formal para estabelecer um sistema de compensações eficiente que o principal oferece ao agente para atenuar o que sobre seu comportamento gerou o sequestro. Os resultados mostram que, considerando que os recursos das organizações armadas ilegais são escassos, quanto maiores são os incentivos oferecidos aos agentes para evitar que desertem, menor é a capacidade da organização para penalizar os desertores e menor a utilidade do principal. Simulando o modelo para um conjunto específico de parâmetros se conclui que a incorporação do mecanismo de autocumprimento (self-enforcing) dentro da função de utilidade do principal aumenta seus custos e propicia o baixo esforço do agente e seu comportamento oportunista. |