As estratégias de segurança nacional de Moçambique face aos regimes de segragação racial da África Austral, 1975/1994 : uma abordagem a partir da Teoria dos Complexos Regionais de Segurança

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Maússe, Abedeningo Sebastião
Orientador(a): Svartman, Eduardo Munhoz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/239141
Resumo: A presente tese foi desenvolvida com o principal objectivo de analisar as Estratégias de Segurança Nacional e de Política Externa implementadas pelo governo de Moçambique para fazer face ao ambiente de guerra imposto pela conjuntura regional e internacional. A pesquisa foi orientada na base da teoria dos CRS desenvolvida pela escola de Copenhaga por Buzan e Weaver, tendo a sua operacionalização permitido enquadrar o clima de guerra em Moçambique como resultado da confluência das dinâmicas regionais e internacionais em interacção. Entre 1985 e 1987, o governo moçambicano adoptou uma estratégia de Segurança Nacional e de Política Externa assente na combinação entre a campanha diplomática e as operações militares para fazer face a guerra. A campanha diplomática foi complementada pela Estratégia Militar, que consistiu na construção de um exército moderno mediante aquisição de meios modernos de combate e criação de condições logísticas adequadas. As duas estratégias conferiram às FAM/FPLM uma grande capacidade combativa, facto que permitiu ao governo fazer face ao conflito interno e as agressões militares externas. O estudo permitiu concluir que o fim da guerra em Moçambique e na África Austral, foi determinado pelo colapso dos factores regionais e internacionais de conflitualidade, justificados pelo fim do apartheid e da Guerra Fria, respectivamente. Ao nível da África Austral constata-se, em 1994, o surgimento de um novo padrão de relacionamento da África do Sul com a região e com o mundo, pois já tinha desaperecido o sistema do apartheid - factor que havia colocado o país em confronto nos planos interno, regional e internacional.