Habitar entre dois : etnografia com a egbé do Ilê Asè Omi Olodô, em Porto Alegre, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Emil, Luana Rosado
Orientador(a): Steil, Carlos Alberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/104891
Resumo: Este trabalho é uma etnografia com a comunidade do Ilê Asè Omi Olodô, terreiro de Batuque localizado na Vila São José, em Porto Alegre, realizada no período de 2011 a 2013. Essa comunidade de terreiro se assemelha à maioria dos terreiros da cidade em termos socioeconômicos, localizando-se em uma região periférica; contudo, é uma comunidade que se diferencia pelo posicionamento político ao refletir míticosocialmente sobre si mesma. Desse modo, o foco da presente etnografia é a descrição da eco(cosmo)logia de matriz africana observada em campo, considerando que ela se faz entre-dois mundos, o “ocidental” e o de matriz africana. Essa dissertação percorre a narrativa dessa experiência com a comunidade dentro e fora do terreiro, buscando explicitar essa forma de habitar (entre) dois mundos. A partir dessa perspectiva, buscase demonstrar que há uma metodologia do ambiente que inicia no corpo. O ambientecorpo é percebido na relação entre os momentos cotidianos e os momentos rituais; entre eles, percebe-se o fazer-se das habilidades e das potências que emergem da orisálidade. Assim, a Antropologia Ecológica de Tim Ingold contribui para narrar o aprendizado obtido na vivência no Ilê Asè Omi Olodô enquanto localidade cosmopolítica. Além disso, a narrativa se orienta no sentido de descrever a vivência da afrocentridade, da ancestralidade, da oralidade, da complementaridade e da circularidade.