Antártica : percepção e caracterização dos alunos de ensino básico em Porto Alegre e Canoas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Souza, Jenifer Ortiz de
Orientador(a): Simões, Jefferson Cardia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/217458
Resumo: Esta dissertação investiga a visão dos alunos do ensino básico sobre a Antártica e como eles percebem esse continente coberto de neve e gelo, que é habitado somente por cientistas e pessoal de apoio. O objetivo foi examinar a existência, ou não, de diferenças na percepção da Antártica entre alunos das diferentes redes de ensino (público e privado), de diferentes níveis de ensino (ensino fundamental e médio) e de diferentes classes sociais. Para isso, usou-se tanto o método quantitativo quanto o qualitativo para avaliar as respostas de um questionário composto por cinco questões objetivas e uma dissertativa, aplicado pela autora da pesquisa em três escolas estaduais e duas de ensino fundamental, na cidade de Canoas, e uma de ensino médio, na cidade de Porto Alegre, além de uma escola privada de ensino médio na cidade de Porto Alegre. Os comparativos entre classes sociais, rede ou nível de ensino não demonstraram diferença relevante. Considerando as questões objetivas, os alunos do ensino médio acertaram, em média, 20% a mais que os alunos do ensino fundamental. As respostas da questão dissertativa mostraram que o imaginário antártico dos alunos do ensino fundamental é distante do conhecimento acadêmico básico, sendo composto principalmente por mitos inseridos pela mídia. Já os alunos doensino médio têm conhecimento básico sobre a relevância da Antártica no contexto ambiental e climático, principalmente das mudanças climáticas, mas desconhecem detalhes específicos sobre o continente e o seu papel no contexto mundial. No entanto, erros básicos como, por exemplo, indicar que a Estação Antártica Brasileira Comandante Ferraz esteja no Polo geográfico ou confundir a fauna ártica com a antártica ainda persistem. Certa confusão entre características específicas dos ambientes de cada região polartambém aparece nas respostas dissertativas. Ainda, alunos do ensino médio conseguem identificar alguns elementos característicos do ambiente antártico, ou seja, mesmo que seja pequena a abordagem sobre a Antártica nas escolas, os estudantes conseguem perceber alguns elementos importantes do ambiente e suas conexões. Entretanto, a importância geopolítica do Tratado Antártico e a relevância das pesquisas científicas lá elaboradas parecem passar despercebidas.Vale ressaltar que apenas um modelo foi aplicado eque não houve intervenção nenhuma com os alunos anterior ou posterior àaplicação dos mesmos. Em uma visão integrada do meio ambiente global, é essencial que o tema Antártica seja abordado de forma interdisciplinar, considerando não só aspectos físicos. Finalmente, sugere-se que o estudo seja ampliado com realização de oficinas sobre as regiões polares, investigando em qual nível de ensino o conhecimento sobre as regiões polares pode ser melhor construído.