Efeito da irradiação UV sobre a blenda polimérica de Poli(ácido lático-co-ácido glicólico)/Poliisopreno epoxidado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pereira, Igor Luiz Gonçalves
Orientador(a): Santos, Luis Alberto dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/223595
Resumo: Na engenheira de tecidos a primeira interação célula – material acontece na superfície, portanto, as respostas celulares são influenciadas pelas propriedades químicas, físicas e morfológicas da superfície do biomaterial. As técnicas de modificação superficial trouxeram alternativas para aprimorar as propriedades do biomaterial e sua compatibilidade com o meio biológico. Trabalhos anteriores com a blenda de Poliácido(Láctico-co-Glicólico) (PLGA) e Poliisopreno epoxidado (PIepox), a caracteriza como um material com interessante potencial para engenharia de tecidos, porém com limitações enquanto seu caráter hidrofóbico. Afim de aperfeiçoar e oferecer uma blenda de PLGA/PIepox com características de maior bioafinidade e biocompatibilidade para interação celular, foi realizado sua modificação utilizando irradiação ultravioleta (UV), visto que essa técnica em comparação com outras, como plasma e via química úmida, possui baixo custo, não utilização de solventes e fácil manuseio. Após 60 minutos tratamento UV a blenda apresentou maior hidrofilicidade, ou seja, menor ângulo de contato em comparação a não tratada. A partir de análises químicas da superfície, como ATR-FTIR e XPS, foi possível explicar que esse aumento da molhabilidade é devido ao aumento de grupos oxigenados, como hidroxilas, carbonilas, ácidos carboxílicos e peróxidos. Conforme as análises de DSC também foi possível verificar que houve alteração na mobilidade das cadeias poliméricas das amostras irradiadas, provavelmente pelo aumento das interações de hidrogênio entre os polímeros da blenda e de possíveis ocorrências de ligações cruzadas. No ensaio de degradação in vitro foi demonstrado que houve um aumento da absorção de água da blenda tratada, diminuindo sua degradação, sendo esse fenômeno ocasionado pela maior hidrofilicidade da mesma, acarretado também pelas possíveis ligações cruzadas que se formaram durante a irradiação UV. Por fim, é possível corroborar que a blenda tratada pelo método UV possui características adicionais e alternativas, como maior hidrofilicidade e aumento dos grupos oxigenados, que potencializa sua utilização na engenharia de tecidos.