Frustração, raiva e impulsividade em jovens universitários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pante, Marina
Orientador(a): Almeida, Rosa Maria Martins de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/219210
Resumo: Frustração, raiva e agressividade são estados afetivos negativos relacionados a situações estressoras que podem trazer importantes reflexos na saúde e nas relações sociais. Essas reações comportamentais de agressividade estão relacionadas à impulsividade e reações fisiológicas como liberação de cortisol. O objetivo da presente tese foi investigar a associação entre frustração, raiva, estresse, impulsividade e níveis de cortisol salivar em jovens universitários a fim de estabelecer uma melhor compreensão entre esses fatores e as possíveis diferenças entre os sexos. Participaram 100 jovens universitários (graduandos), 65 mulheres (65%), com idades entre 18 e 24 anos (M=21,0; DP=1,9). Esta tese está composta por três estudos: um estudo de revisão sistemática da literatura e dois estudos empíricos. No segundo estudo, um protocolo experimental foi desenvolvido e a amostra dividida entre Grupo Controle (condição ganhar) e Grupo Experimental (condição perder). Amostras de saliva foram coletadas antes e após a tarefa. Embora, os resultados dos níveis de cortisol pré e pós tarefa e a frequência cardíaca não tenham alterado de forma estaticamente significativa em decorrência da manipulação experimental; a variável competitividade impactou a frequência cardíaca média. As participantes do grupo experimental que se consideraram competitivas tiveram uma elevação do ritmo cardíaco (F (1, 44) = 4,607, p = 0,038; η² parcial= 0,101). Já no terceiro estudo, a fim de melhor compreender as possíveis diferenças entre os sexos em relação à impulsividade, utilizaram-se duas formas distintas para avaliar este construto, uma através de uma escala de autorrelato e outra com desfecho comportamental. Não foram constatadas diferenças estatísticas significativas entre os sexos em relação a impulsividade através da escala autorrelatada, porém, foi encontrado que homens agiram de forma mais impulsiva na tarefa computadorizada (F (2, 91) = 4,4047, p = 0,021; η² parcial= 0,082, λ de Wilks = 0,918), apresentando uma estratégia diferente das mulheres ao longo da tarefa (F (2, 89) = 6,526, p = 0,012; η² parcial= 0,068). Desta forma, entende-se que algumas tarefas são mais sensíveis para avaliar impulsividade em homens que outras, indicando que a impulsividade se diferencia entre os sexos de maneira desigual a depender de quais fatores do construto estão sendo avaliados. Os estudos desta tese podem contribuir para o campo, de maneira a auxiliar a predição e prevenção do comportamento agressivo.