Modelagem da matéria seca e do rendimento de grãos de milho em relação à disponibilidade hídrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Muller, Artur Gustavo
Orientador(a): Bergamaschi, Homero
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/72611
Resumo: A modelagem auxilia o entendimento de sistemas complexos, como os cultivos agrícolas, permitindo avanços no diagnóstico e no aconselhamento técnico, à medida em que melhora a estimativa dos efeitos do ambiente sobre o crescimento das plantas e o rendimento das espécies. Múltiplos fatores interagem nos processos, exigindo que os modelos sejam ajustados e aferidos, antes de generalizá-los ou usá-los em dada região. Este trabalho objetivou ajustar os modelos energético e de elaboração do rendimento do milho, avaliando relações entre os seus coeficientes e índices de consumo de água da cultura. Foram feitas medições semanais de matéria seca aérea (MS) e índice de área foliar (IAF), determinação dos componentes do rendimento de grãos e observações meteorológicas diárias. A cultura foi submetida a diferentes doses de rega em Eldorado do Sul, de 1993/94 a 1998/99, e a diferentes densidades de planta e níveis de nitrogênio em ljuí, em 2000/01, ambos no Rio Grande do Sul. O modelo linear segmentado foi ajustado à variação do IAF, permitindo estimar valores diários. O coeficiente de extinção para radiação fotossinteticamente ativa - RFA (0,68), a fração absorvida de RFA interceptada (0,925) e a máxima eficiência de uso da RFA interceptada na produção de MS (3,58g.MJ-1) estão de acordo com valores da literatura, para milho. A relação entre os componentes do rendimento e seus níveis máximos (530 grãos por espiga e 0,385 g por grão) permitiram estimar um rendimento de 13.610 Kg.ha-1, na região, em alto nível tecnológico. O modelo energético é adequado para estimar a produção de MS do milho. Ele pode ser incorporado ao modelo de elaboração do rendimento para avaliar o desempenho da cultura, em ambiente não limitante. Os coeficientes dos modelos estão relacionados à evapotranspiração relativa (ETr/ETm) e ao deficit hídrico relativo (1-ETr/ETm).