Simulação de áreas de inundação dinâmicas : canais compostos e wetlands

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: Villanueva, Adolfo O.N.
Orientador(a): Tucci, Carlos Eduardo Morelli
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/222767
Resumo: Este estudo se refere às técnicas usadas na modelagem de áreas de inundação dinamicamente ativas, abrangendo canais compostos e áreas de inundação extensas, incluindo uma extensão deste último caso à simulação e gerenciamento de wetlands ("banhados"). O trabalho está dividido em três partes: 1) a formulação de um método para incorporar em um modelo hidrodinâmico o efeito da interação entre o canal e a planície de inundação, em canais compostos; 2) a montagem de um modelo hidrodinâmico para a simulação de rios com planícies de inundação, e adaptado à aplicação em wetlands; 3) a modelagem do banhado do Taim, e a simulação do mesmo para melhor compreender seu funcionamento e determinar regras de operação que garantam a conservação do ecossistema. A interação entre o canal principal e a planície de inundação reduz a condutância hidráulica de um canal composto. Para quantificar esse efeito, foi desenvolvido um modelo que calcula a distribuição de velocidades em uma seção transversal. A aplicação desse modelo a um canal de laboratorio mostrou que os fluxos secundarios tem um papel fundamental nessa interação. O modelo foi também incorporado na metodologia de ajuste de um modelo hidrodinâmico, incluindo o tratamento automático das seções de um trecho de rio. A metodologia foi usada na análise da influência da barragem de Foz do Areia nas inundações em União da Vitória (SC). Na área de drenagem do banhado do Taim, mas fora da estação ecológica que protege o banhado, existem grandes áreas de cultivo de arroz. Para irrigar essas áreas é utilizada a água da lagoa que alimenta o banhado, colocando em risco o ecosistema. A solução frequentemente proposta consiste em fechar a saída do banhado, mantendo-o permanentemente inundado. Isto também destruiria o ecossistema, que necessita da alternancia de períodos secos é úmidos para manter seu ciclo biológico. Com um modelo matemático de celas foi simulado o escoamento no banhado do Taim, incluindo sua relação com a lagoa. Os resultados mostraram que o sistema não tem condições de suportar a atual demanda para irrigação. Foram então simuladas diversas alternativas para gerenciamento do sistema. A regra finalmente definida combina uma política de restrição da irrigação com alterações na estrutura que controla a saída de água do banhado.