Caracterização de mutantes de Cryptococcus gattii associados à formação de biofilme

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Chitolina, Gabriela Zottis
Orientador(a): Vainstein, Marilene Henning
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/202745
Resumo: Cryptococcus spp é o agente etiológico da meningite criptocócica e uma de suas características é a capacidade de formar biofilme. Esse mecanismo de virulência confere ao microrganismo uma maior resistência aos fármacos e às defesas do sistema imune. A formação de biofilme facilita a adesão em superfícies, como em cateteres de derivação ventrículo-atrial ou ventrículo-peritoneais usados para controlar a hipertensão intracraniana associada à meningoencefalite criptocócica. As etapas envolvidas na formação de biofilme microbiano são controladas por redes regulatórias complexas que coordenam a expressão de múltiplos genes. Contudo, os mecanismos de regulação gênica na formação do biofilme por Cryptococcus spp. não estão totalmente elucidados. Assim, o objetivo deste estudo foi identificar genes que atuam na regulação da formação de biofilme de Cryptococcus gattii a partir da triagem de uma biblioteca de 8.000 mutantes haploides ATMT da linhagem R265. A identificação da região de inserção de T-DNA foi realizada em dois mutantes. As análises indicaram que um dos genes inativados codifica um fator de ribosilação de ADP (ARF). A outra inserção foi identificada próxima ao gene que codifica a proteína GTR1. A ARF1 está envolvida com a regulação de vesículas no complexo de Golgi. Sugere-se a hipótese de um possível envolvimento da ARF1 na alteração da atividade vesicular que influenciaria na formação de biofilme. Por sua vez, GTR1 já foi descrito em C. albicans como regulador do fator de transcrição SPF1, o qual exerce uma regulação negativa na formação de biofilme. Os resultados do estudo sugerem que atividade das GTPases possa influenciar no fenótipo para formação de biofilme em C. gattii.