Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Dias, Jaqueline Evangelista |
Orientador(a): |
Marques, Flávia Charão |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/253066
|
Resumo: |
O óleo de coco indaiá, um produto da sociobiodiversidade do Cerrado, produzido e comercializado por mulheres quilombolas Kalunga da comunidade Vão de Almas, se situa na invisibilidade para o desenvolvimento territorial. A pesquisa busca conhecer e visualizar o ‘quem’ do óleo de coco, e para isso, se aproxima das ideias da Perspectiva Orientada ao Ator (POA) em diálogo com o pensamento visual, provocado pela materialização de imagens das práticas da mulher Kalunga e do seu território. O exercício teórico-imagético dá vida à composição Corpo-Território Mulher Kalunga, uma ensamblagem entre a mulher Kalunga, o território, a palmeira indaiá e o mercado de proximidade. Esta composição corpórea – a mãe da sociobiodiversidade é geradora do óleo de coco que sempre fez parte da alimentação e da existência do povo Kalunga e que se torna produto, sai da comunidade, é comercializado, e se recorporeifica na vida das mulheres Kalunga na forma de geração de renda e na conquista de uma rede de apoio formada por ‘amigas e amigos’ consumidores. O caminho teórico-metodológico proposto para a compreensão do Corpo-Território Mulher Kalunga se apresenta como potencialidade na construção da narrativa visual, como meio para se compreender a realidade territorial Kalunga nos estudos do rural e do desenvolvimento. Nesta perspectiva, a tese defende que a produção e a comercialização do óleo de coco estão inseridas num processo de apagamento, de não visualidade e consequente não visibilidade, provocado, principalmente, pela falta de políticas públicas. A tese ainda conclui que o conceito de ‘produtos da sociobiodiversidade’ precisa se alargar, ir além da formação de cadeias produtivas, e considerar o corpo-político e as corporeidades daqueles (humanos e entes) que cooperam e coexistem em um território na geração da biodiversidade em sociobiodiversidade. |