Avaliação de atrasos metafonológicos e problemas de comportamento em crianças pré-escolares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Pereira, Thaís Giantomaso lattes
Orientador(a): Teixeira, Maria Cristina Triguero Veloz lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/22470
Resumo: As unidades de Educação Infantil, representadas pelas pré-escolas, podem ser excelentes lócus para a detecção precoce de indicadores de problemas de aprendizagem, a partir da avaliação de habilidades metafonológicas e de problemas de comportamento, que, posteriormente, poderão influenciar negativamente no processo de alfabetização, socialização e adaptação da criança. Estudos científicos recentes alertam para a necessidade de identificar atrasos metafonológicos e alterações comportamentais de forma precoce, como maneira de amenizar possíveis transtornos de aprendizagem que podem prevalecer na idade escolar, durante o ensino formal. O presente estudo teve como objetivo identificar atrasos metafonológicos e alterações comportamentais em crianças pré-escolares. A amostra foi composta por 41 crianças de ambos os sexos, na faixa etária de 4 a 5 anos (média de idade do grupo Infantil I=4,3 anos; média de idade do grupo Infantil II=5,2 anos; média de idade do grupo Pré-escolar=5,6 anos), que frequentam duas escolas municipais da cidade de São Paulo; seus respectivos pais/cuidadores e os e professores. Os instrumentos de coleta de dados foram os seguintes: a) Questionário de avaliação socioeconômica baseado no Critério de Classificação Econômica Brasil - CCEB; b) Escala de Maturidade Mental COLÚMBIA - CMMS; c) Prova de Consciência Fonológica PCF; d) Inventário de comportamentos para crianças entre 1,5 e 5 anos - CBCL/1½-5 anos; e) Inventário de comportamentos para crianças entre 1,5 e 5 anos/Formulário para Professores - C-TRF. Os resultados mostraram, na PCF, que os melhores escores, inclusive das crianças matriculadas na série Infantil I, foram obtidos no teste de síntese silábica. No restante dos testes, todas as crianças apresentaram erros em três ou na totalidade dos testes para cada tarefa desta prova. Verificou-se que quanto maior é a idade, melhores são os resultados nos escores da maior parte dos testes da PCF. Uma análise de cluster permitiu agrupar a amostra em três grupos, compostos por 24, 7 e 9 crianças. Neste caso, os testes com contribuição estatisticamente significativa para a formação dos grupos foram Total de rimas‟ (p=0,001), Total Aliteração (p=0,000)‟, Total Segmentação Silábica‟ (p=0,000) e Total Manipulação Silábica‟ (p=0,000). As variáveis restantes, referentes aos dados do estanino do teste Columbia, e os escores brutos do CBCL½-5 e do CTRF½-5 não diferenciariam os grupos. Observou-se que, com exceção das escalas de Problemas de Atenção e Problemas de Déficit de Atenção/Hiperatividade, houve diferenças estatisticamente significativas entre os valores médios dos escores brutos obtidos no CBCL/1½-5, respondido pelos pais, e no C-TRF, respondido pelos professores. Se comparados com os professores, os pais identificaram mais problemas de comportamento em todas as escalas, com diferenças entre estes de escores que oscilaram entre 5,31 e 18,8. Embora preliminar, espera-se que o estudo possa auxiliar a equipe educacional das unidades de Educação Infantil para planejar atividades que desenvolvam nas crianças habilidades metafonológicas e a linguagem oral. As análises estatísticas não evidenciaram correlações significativas entre as habilidades metafonológicas e as alterações comportamentais. Entretanto, o elevado número de problemas de comportamento identificados pelos pais das crianças indica a necessidade de outros estudos que investiguem os fatores associados e as formas de manejo adequadas.