Melanocítico ou não ? : microscopia confocal reflectante e dermatoscopia em lesões de difícil diagnóstico : um estudo morfológico retrospectivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pinto, Camila Araújo Scharf
Orientador(a): Ribas, Carmen Australia Paredes Marcondes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/30614
Resumo: Introdução: A dermatologia conta com diferentes técnicas para exame não invasivo da pele e diagnósticos precoces de neoplasia, estando a dermatoscopia e a Microscopia Confocal Reflectante (RCM) entre as principais na atualidade. Na maior parte das vezes, se faz uso da dermatoscopia como exame auxiliar, devido ao seu baixo custo e maior disponibilidade, fato que possibilitou o aumento da acurácia diagnóstica do melanoma, em até 90%. A RCM por sua vez, trata-se de um laser de diodo de alta resolução, não invasivo e seguro que permite uma visualização a nível celular da epiderme, junção dérmico-epidérmica e derme papilar, aumentando o arsenal diagnóstico, principalmente para as lesões nas quais, apesar do exame dermatoscópico, ainda persiste a dúvida diagnóstica. Objetivos: Calcular a acurácia diagnóstica da Microscopia Confocal Reflectante no diagnóstico diferencial entre lesões melanocíticas e não melanocíticas. Métodos: Foi elaborado um estudo observacional retrospectivo e descritivo de todos os exames de RCM realizados no serviço de Dermatologia da Università degli Studi della Campania, em Nápoles, Itália, no período de 2012 a 2020. Foram analisados dados retrospectivos de 3572 casos consecutivos, em relação ao diagnóstico clínico-dermatoscópico, RCM e histopatologia. Os dados foram tabulados e comparados em busca de discordâncias diagnósticas entre as diferentes técnicas, na diferenciação entre lesões melanocíticas e não melanocíticas. Foram estimados os valores de sensibilidade, especificidade e acurácia considerando-se o resultado da análise histológica como padrão ouro. Resultados: Dos 3215 casos incluídos no estudo, foram encontrados 53 com discrepâncias entre diagnóstico clínico, histológico e de RCM, sendo 31 com discordâncias entre melanocíticas e não melanocíticas. A RCM obteve uma especificidade de 87% (IC95%: 0,73-1) e uma sensibilidade de 62,5% (IC95%: 0,29-0,96) na presente amostra. A acurácia por sua vez foi de 80,6% (IC95%: 0,67-0,94). Conclusão: A RCM mostrou-se um método com alta acurácia na diferenciação entre lesões melanocíticas e não melanocíticas na presente amostra.