A retextualização como ação transformadora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Barreto, Luciana Venancio lattes
Orientador(a): Brito, Regina Helena Pires de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/25278
Resumo: Este trabalho propõe-se ao estudo da Retextualização como um processo auxiliar para o desenvolvimento da redação, partindo-se da oralidade como premissa para a posterior expressão escrita. Aborda-se se os níveis de compreensão e de coerência em relação ao texto base (oral) estão representados nos fatos lingüísticos escritos e se as alterações no ato de escrever comprometeram ou não o entendimento do assunto, o que constitui objetivo maior desta pesquisa. Para tanto, utiliza como corpus selecionado o caso Mensalão e as redações produzidas por alunos do nível médio de uma escola da periferia de São Paulo, ao longo do segundo semestre de 2005. A fundamentação teórica baseia-se, especialmente, nas proposições de Costa Val (1999/2002); Trevisan (1992) e Preti (1994); nos posicionamentos sobre produções lingüísticas, como Charolles (1978); Halliday e Hasan (1978); Broncarkt (1999) e no modelo básico de análise desenvolvido por Marcuschi (2000). O exame da retextualização se dá pelo tipo dissertativo, a partir da leitura mediada do texto Primeira Renúncia publicado em Folha de São Paulo e Fábrica de Fraudes veiculado na revista Veja , retornando ao texto de base concomitantemente à orientação de pesquisa individual sobre a temática sugerida pelo professor. Os elementos observados nas redações foram: (1) ocorrências de operações reducionistas; (2) níveis informacionais atualizados no texto, considerando-se as abordagens realizadas; (3) acréscimos e inferências que possibilitam a construção de um novo texto; (4) regras gramaticais e elementos de coesão e coerência utilizados na Retextualização, segundo a gramática normativa; (5) momentos do texto em que se deu maior ênfase à retextualização; (6) possibilidades de estarem os traços lingüísticos da realidade social inseridos nas redações e, por fim, (7) atitude reflexiva do aluno sobre sua própria produção ao final do processo. Como resultado, verifica-se que a retextualização facilita a construção do texto e a revelação do aluno e, neste revelar, o professor de língua portuguesa torna-se responsável para a melhoria da qualidade do texto do aluno e pela transformação das mentalidades em prol do exercício da cidadania.