A dimensão política das competências dos executivos na sua relação com os stakeholders

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Boulos Filho, Sami lattes
Orientador(a): Brunstein, Janette lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/23559
Resumo: O estudo realizado tem por objetivo identificar e analisar as competências dos gestores no que diz respeito à suas responsabilidades gerenciais para com os grupos de interesse da organização, os stakeholders. Trata-se de entender a dimensão política da competência que afeta as decisões dos gestores em cargos de direção e se traduzem em respostas aos desequilíbrios de interesses. Partiu-se da definição de competências de relacionamento coletivo de Holland, Ritvo e Kovner (1997), do conceito de stakeholders de Clarkson (1995) e da visão de competências de Zarifian (2003). Adotou-se a estratégia metodológica dos estudos qualitativos básicos, proposta por Merrian (1998), utilizando-se como técnica fundamental de análise entrevistas semi-estruturadas, realizadas com dez diretores e três presidentes de diferentes organizações, dos segmentos de varejo, química, editorial, financeiro, mídia, eletro-eletrônico, farmacêutica, alimentos, transportes e tecnologia. A seleção do grupo foi direcionada de forma a assegurar a presença de gestores que estivessem atuando nos níveis hierárquicos decisórios, não necessariamente na mesma empresa, tampouco no mesmo segmento de mercado. O processo analítico foi inspirado na análise textual interpretativa de Flores (1994) e na técnica de templates. Realizou-se também a análise documental, com base nos documentos fornecidos pelos entrevistados acerca das atividades que envolvem suas relações com os stakeholders. Os resultados alcançados apontam que os gestores buscam restringir o número de stakeholders; consideram alguns de pouca ou nenhuma relevância, aparentemente sem se preocupar com o fato de que tais stakeholders podem, em algum momento, exercer a força que possuem junto às organizações. Conclui-se que não foi identificada, pelos gestores, a mobilização das competências de relacionamento coletivo, como proposto por Holland, Ritvo e Kovner (1997). Porém, encontraram-se alguns aspectos pontuais na busca por informações acerca das demandas de parte dos grupos interessados, notadamente os stakeholders primários, e, assim mesmo, limitados aos grupos envolvidos em determinados eventos. O desenvolvimento de tal competência depende, porém, de um processo de reflexão, de exercício de equilíbrio, que só ganhará força no momento em que os gestores revirem o significado que a relação com stakeholders tem para eles.