Apropriação de valor e ambiente institucional: um estudo exploratório no setor de bares e restaurantes em São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Fiore, Eraldo Genin lattes
Orientador(a): Meirelles, Dimária Silva e lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/26468
Resumo: Um emaranhado legal, normativo e regulatório mal desenhado é uma queixa frequente de empresários brasileiros. Recursos das empresas seriam, nesse cenário, drenados das empresas para agentes e organizações improdutivas. Na teoria, esse ambiente institucional desempenha um importante papel no desenvolvimento e competitividade das empresas. As empresas criam valor aos consumidores, mas em ambientes institucionais mais hostis aos negócios elas de fato conseguem se apropriar desse valor gerado? Este trabalho propõe contribuir para uma teoria de apropriação de valor que leve em consideração o papel desempenhado pelo ambiente institucional na elaboração das estratégias de apropriação de valor por parte dos agentes tomadores de decisão das empresas. O objetivo é mostrar a apropriação de valor pelas empresas como resultado de decisões estratégicas de apropriação de valor que são motivadas pelas regras institucionais formais do ambiente institucional. O estudo se concentrou em empresários do setor de bares e restaurantes do município de São Paulo. Utilizou-se entrevistas em profundidade e análise qualitativa dos dados. O estudo propõe um modelo conceitual que relaciona a qualificação feita pelo tomador de decisão das regras formais com a estratégia de apropriação utilizada. Para capturar a imagem do conflito entre diferentes agentes econômicos por quinhões do valor gerado por uma empresa propôs-se o termo “rendas de luta” (ou struggle rents). A necessidade de tomadores de decisão lidarem com essa situação em suas estratégias de apropriação de valor é mediada pelas instituições. O poder de barganha dos agentes é condicionado pelas regras formais e a forma como a empresa qualifica e lida com o ambiente institucional irá definir suas estratégias para se apropriar dessas rendas de luta.