A interferência da emoção na tomada de decisão de risco: um estudo experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Alvarenga, Tamar Klein lattes
Orientador(a): Cardoso, Ricardo Lopes lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/26294
Resumo: Inicialmente, acreditava-se que o processo de decisão era impulsionado pela escolha que resultava em um benefício maior ao decisor, porém, em diversas situações foi verificado que muitas escolhas não refletiam o maior retorno. A estes desvios de racionalidade foi dado o nome de vieses de decisão. Dentre alguns vieses foi identificado o viés emocional, visto que a Emoção sentida pelo decisor pode interferir em seu comportamento de risco. Não foram identificadas pesquisas experimentais realizadas no Brasil, e poucos são os estudos que analisam a decisão sob a interferência da Emoção em ambientes relacionados à controladoria empresarial. Além disto, os efeitos das Emoções positivas e negativas nas decisões são contraditórios. Este estudo teve como objetivo investigar a interferência da Emoção no comportamento de risco de profissionais, pós-graduados e pós-graduandos, nas áreas de controladoria e afins, mediante abordagem experimental. Para isto, foi aplicada aos participantes a tarefa Risk Task, composta por 100 apostas, onde em cada aposta o decisor tinha a escolha de decidir por um retorno maior vinculado a um risco maior, ou por um retorno menor vinculado a um risco menor. Participaram do estudo 80 sujeitos, e antes de executarem a tarefa tiveram a Emoção induzida.Os participantes foram divididos em três grupos: o grupo de controle, que foi induzido à Emoção neutra, o segundo grupo, que foi induzido à Emoção positiva, e o terceiro grupo, que foi induzido à Emoção negativa.Sujeitos com baixa empatia e impulsivo foram excluídos da amostra, permanecendo 68 sujeitos. Através da análise estatística inferencial não foi possível observar indícios da interferência da Emoção, não sendo possível justificar a variação no comportamento de risco entre os grupos, a interferência do gênero, e tampouco a diferença no tempo de execução da tarefa. Espera-se que os resultados desta pesquisa estimulem novos estudos empíricos que confirmem estes resultados, também que seja verificado se a Emoção interfere com maior impacto outras populações, e também analisar a interferência que diversas valências de Emoções podem exercer sobre a decisão. Desta forma, seria possível compreender o relacionamento destas variáveis na decisão e tecer um conceito teórico mais robusto, possibilitando a utilização deste conhecimento no ambiente empresarial, onde as informações são geradas e decisões são tomadas.