Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Coelho, José Antenor Viana |
Orientador(a): |
Pisani, Maria Augusta Justi |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/39523
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Resumo: |
As gestões no Brasil vêm criando e modificando leis para solucionar a falta de moradia das camadas mais pobres da população. A arquitetura ocupa papel fundamental nesse processo, no entanto, frequentemente projetos arquitetônicos são desenvolvidos por empreiteiras visando realizar obras a curto prazo e com baixo custo; criando modelos estandardizados replicados no território nacional, ignorando as diferentes regiões. Este trabalho lança o olhar sobre habitação construída pelo Estado no semiárido cearense, tendo como área de coleta de dados o Conjunto Nova Caiçara, executado pelo Programa Minha Casa Minha Vida, em Sobral–CE. A pesquisa parte da hipótese de que a participação do morador durante a concepção do projeto arquitetônico de Habitação de Interesse Social (HIS) modifica seu resultado tornando-o adequado ao clima e à cultura da região onde será inserido. Os objetivos do trabalho são de conhecer os projetos arquitetônicos de HIS; entender os conceitos neles adotados; explicar estratégias projetuais e identificar o nível de participação do futuro habitante na concepção de sua moradia e as possíveis modificações no projeto, resultantes desta participação. Para atingir os objetivos explicitamos nossa definição de participação e habitação; apresentamos características culturais que podem influenciar as decisões projetuais, analisamos projetos construídos, onde o morador, a cultura e o clima foram considerados durante suas concepções comparando-os ao projeto da nossa área de pesquisa; realizamos a coleta de dados por meio de entrevistas com moradores, com visitas subsidiadas por diálogos e registros fotográficos, e aplicamos questionário semiestruturado com perguntas fechadas e abertas sobre o perfil socioeconômico, aspectos familiares e culturais; comportamento e valores comparativos entre moradias. A partir dos resultados obtidos concluímos que projetos realizados à revelia dos futuros moradores, desconsiderando participação, cultura e clima da região onde serão implantados, não respondem às reais necessidades de uma população com hábitos e costumes próprios. Este trabalho dá suporte científico a novas intervenções ao defender a participação dos moradores na concepção do projeto arquitetônico de suas moradias, além de apresentar um método de pesquisa social que facilita a interação entre projetistas e futuros moradores. |