Avaliação de toxicidade da pseudoboemita para liberação controlada de fármacos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Souza, Ana Maria Thiago de lattes
Orientador(a): Munhoz Junior, Antonio Hortêncio lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/24163
Resumo: As pesquisas em nanotecnologia avançaram consideravelmente nos últimos 30 anos, possibilitando o aparecimento de novos materiais com aplicações que atendem aos interesses de diversos setores. Na área da saúde, a indústria farmacêutica tem utilizado os materiais nanoestruturados para desenvolver novos medicamentos e veiculadores de fármacos. A aplicação das nanopartículas oferece inúmeras vantagens comparativamente ao sistema convencional de liberação, tais como: liberação controlada e progressiva dos fármacos a partir da degradação da matriz, nível plasmático efetivo com menor flutuação ao longo do tempo, menor risco de toxicidade, maior penetração pelas barreiras biológicas e direcionamento específico aos alvos teciduais. Neste trabalho, o material utilizado como liberador de fármaco foi a pseudoboemita. Esta é um oxi-hidróxido de alumínio e consiste em uma estrutura similar a boemita. Com sua produção via processo sol-gel, a partir de reagentes de alta pureza, foi possível obter pseudoboemita de pureza elevada, com área específica elevada e com total ausência de contaminantes, tornando-a, portanto, promissora para aplicações na liberação controlada de fármacos. Em vista da possível utilização da pseudoboemita como excipiente para liberação controlada de fármacos, este trabalho teve como objetivo determinar a sua toxicidade aguda (50mg/kg, 300mg/kg e 2000mg/kg) e. subaguda (1000mg/kg) em ratos machos (Wistar rats). A metodologia consistiu em testes de toxicidade a partir das avaliações e análises dos parâmetros bioquímicos e histopatológicos resultantes de sua administração. Para finalizar, a pseudoboemita foi testada in vivo como possível liberador controlado do fármaco aciclovir. Em ambos os testes, a administração não determinou mortalidade nos grupos e na avaliação histopatológica dos fígados dos animais também não foram observadas qualquer alterações na integridade tecidual. As leituras realizadas com cromatografia líquida de alta eficiência mostraram que ocorreu absorção do aciclovir para circulação sistêmica nos animais que receberam a pseudoboemita com aciclovir. O aciclovir administrado com a pseudoboemita foi absorvido pelo trato gastrointestinal. Os resultados demonstraram que a pseudoboemita tem baixa toxicidade em altas doses em curto prazo e se enquadra na categoria de atóxico; a ausência de alumínio nas amostras de plasma enfatiza a ausência de absorção do alumínio para a circulação sistêmica e o aciclovir presente no plasma dos ratos permitiu confirmar que este está presente na circulação sistêmica dos animais mesmo após as dessorções da pseudoboemita.