Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Lourenção, Ana Paula Melillo
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Orientador(a): |
Ribeiro, Miriam Oliveira
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/22568
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Resumo: |
A imitação é uma função relevante para o desenvolvimento infantil. A partir dela a criança se conecta com o mundo exterior ao observar o outro em suas atitudes, falas e ações. Estudos evidenciam a ligação entre imitação e interação social, aquisição de linguagem, habilidades motoras e cognitivas. Crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) apresentam dificuldade na interação social e de se conectar com o mundo exterior. O objetivo deste trabalho foi comparar o desempenho em tarefas de imitação entre crianças com Transtorno do Espectro Autista e crianças com desenvolvimento. Os instrumentos utilizados para comparar os desempenhos foram: Bateria de Imitação (BI) com 13 tarefas desenvolvido para crianças entre 12 e 24 meses e o outro Bateria d130 (Bd130) com 15 tarefas desenvolvido para crianças entre 2 e 5 anos, esses instrumentos foram aplicados a 3 grupos de crianças: A: crianças típicas com idades entre 18 e 24 meses BI; B:crianças típicas com 6 anos de idade Bd130 e C: crianças com Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) com idades entre 3 e 7 anos- BI e Bd130. Essas baterias foram aplicadas pelo pesquisador individualmente e em um ambiente tranquilo. Os resultaram permitiram concluir que: 1) os dois conjuntos de tarefas puderam ser aplicados e são confiáveis para avaliar a capacidade de imitação das crianças. A Bateria d130 deve avaliar melhor crianças típicas com idades inferiores a 6 anos pois praticamente todas conseguiram executar todas as tarefas, apresentando pequena dificuldade em alguns itens mais complexos; 2) as tarefas da BI para crianças típicas entre 18 e 24 meses estão bem estruturadas e o desempenho é função direta da idade. Aumento do número amostral com idades variando no máximo a cada 2 meses será necessário para evidenciar melhor a capacidade de imitar por faixa etária e por gênero. As mesmas tarefas para crianças com TEA mostraram capacidade de discriminação, indicando o comprometimento desta amostra. Tais resultados deverão ser confirmados em um numero maior de crianças; 3) foi possível verificar que nas crianças entre 18 e 24 meses o sucesso na resposta das crianças as tarefas apresentadas dependem do estabelecimento de vínculo adequado com o aplicador; 4) as tarefas propostas pela Bateria d130 foram adequadas para avaliar a capacidade de imitação de crianças com TEA entre as idades de 3 a 7 anos. Observou-se que as habilidades do ato de imitar que mais estão prejudicadas são aquelas ligadas à habilidade motora como: copiar um círculo, quadrado, cruz e asterisco. Foi possível perceber uma grande dificuldade em segurar o lápis de maneira correta para execução dos modelos propostos. Outra habilidade que se mostrou prejudicada foi a imitação da construção de um padrão visual simples, mostrando mais uma vez que as crianças com TEA tem dificuldade de se atentar aos detalhes. E a última habilidade que se encontra prejudicada é aquela ligada à linguagem, pois muitas das crianças não falavam ou apresentavam dificuldade na fala, não sendo possível reconhecer o som que elas estavam produzindo. Com aumento do número amostral poderá ser testado o desempenho destas tarefas num espectro de manifestações mais amplo dos TEA; 5) propõe-se que a função d130 imitação da CIF-CJ (Codificação Internacional de Funcionalidade para Crianças e Adolescentes) seja classificada com o uso destas 15 tarefas da Bateria d130. |